Prosimetron

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sexta-feira, 12 de março de 2021

Pintores vistos por pintores - 42

Pierre-Auguste Renoir -  Baile em Bougival, 1883
A retratada é Suzanne Valadon e o homem é Paul Lhote.
Boston, Museum of Fine Arts


Humor pela tarde...

 


Os meus franceses - 823

 Em geminação com «Mesdames» de Grand Corps Malade, que a Ana postou ontem:


Cantores mais recentes têm interpretado esta canção de Ferrat.

O nome «Marcelo»


«O que é que este pequeno livro está a fazer aqui? Presumo que se perguntem, gente cultivada como a que costuma ler este Ephemera Diário, e que nem sequer vê este tipo de publicações para um submundo popular, em que convivem receitas culinárias, horóscopos, "mistérios" revelados, ocasionalmente gravuras de papas e santos, cromos. Mas enganam-se sobre o livrinho ou enganam-se sobre si próprios. Quem nunca leu o seu horóscopo, quem não sabe o seu signo do Zodíaco, o clássico e o chinês, quem nunca experimentou curiosidade com histórias de milagres e OVNIs? Na verdade, estes 400 Nomes vieram de um biblioteca culta, quase erudita, com mais de uma centena de livros sobre ciências ocultas, seres extraterrestres disfarçados de egípcios ou assírios, naufrágios misteriosos no Triângulo das Bermudas. E não é exceção, é até bastante comum. Incomum foi a minha surpresa quando num programa de televisão já antigo, todos os meus companheiros de debate já tinham ido a uma qualquer variante de bruxa, "que até acertou em muita coisa"... Era a última coisa que imaginaria aqueles homens dizerem, mas disseram. Pronto, retiro a expressão "submundo popular" com que iniciei esta nota. 
«Só um exemplo: "MARCELO - Significa martelo e traduz uma pessoa que confia muito na sua capacidade de contornar as dificuldades. [...] E geralmente dá-se bem." Depois digam que não há bruxas.»
(Ephemera Diário, 10 mar. 2021)

Marcadores de livros - 1832


Seis belos marcadores com aguarelas de autores diferentes, de livros publicados pela câmara municipal de Barcelona. As aguarelas são (de cima para baixo e da esq. para a dir.) de: Swasky, Juliet Pomés, Manuel Andreu, Sagar, Stéphane Carteron e Juliet Pomés. 
Com um agradecimento à Justa.

quinta-feira, 11 de março de 2021

Boa noite!

 

Para Maria, mais uma vez um poeta da nossa predileção.

Grands Corps Malade - a nossa vinheta!

Grands Corps Malade é poeta, compositor e músico e é o contemplado na nossa vinheta.

Fabien Marsaud, 1977
Nome artístico Grand Corps Malade

https://fr.wikipedia.org/wiki/Grand_Corps_Malade

Ouçam este poema Mesdames, é lindíssimo!


Em especial para a MR.


 

António Costa chega ao Barreiro


«António Costa chegou ao Barreiro desafiando as leis da gravidade, como se estivesse na estação espacial. Está ao contrário, com as perninhas cruzadas, bem disposto e de cartola. Veio da Praça do Saldanha onde esteve mais dignamente ao alto, num cartaz da Iniciativa Liberal, feito pela Mosca. É enorme, como se vê, e muito mais pesado do que parece. Foi preciso um grupo de voluntários para o tirar da camioneta e tentar levá-lo às costas, com a ajuda de um pequeno carregador da Caterpillar que estava a passar, já se ia a meio do trajeto. Foi um erro de previsão, devia-se ter medido o António Costa com mais rigor, porque chegados ao Armazém 2 verificou-se que não cabia em altura. Teve que se pegar de novo no homem de metal e voltar ao ponto de partida no Armazém 1, com um grande pé direito, onde ele cabia. Lá está de novo, restituído à sua condição vertical numa parede, para onde foi içado também com grande dificuldade e perícia. Razão tem o nosso cartaz: "se acha que o trabalho intelectual é leve, venha trabalhar connosco".»
(Ephemera Diário, 11 mar. 2021)

Não vi este 'cartaz' quando esteve colocado no Saldanha.

Piazzola: 100 anos


Humor pela manhã


 

Um clássico, uma de sogras . 

Bom dia !



Pouco conhecidos, mesmo no hexágono, mas já com 12 álbuns publicados. 

Marcadores de livros - 1831


Infelizmente não tenho este marcador, mas tenho outros de Yeats que já postei aqui.

Parabéns, Maria!


E um livro (virtual) para a Maria poder viajar no sofá:

Shrewsbury: Caxton Ed., 2000

John Gregory mostra-nos a Irlanda de Yeats, desde a sua infância em Sligo, passando por Dublin onde fundou o Abbey Theatre, até ao seu retiro na Torre de Galway. 

Have a nice day!

Flores confinadas

 Hoje passei pela minha "aldeia" - assim gosto de chamar ao Chiado em Lisboa. É lá que vou quando preciso carregar as minhas energias. 

Mas a minha "aldeia" está longe daquilo que gosto e quero. Está vazia, ou quase vazia. Até as flores da florista da "minha aldeia" se encontravam confinadas.


Mas continuavam lindas!


quarta-feira, 10 de março de 2021

Aut Cæsar aut nihil

 

Gentilmente presenteado a pretexto do desaniversário que hoje festejo, muito gostei de conhecer mais este rosto heráldico quinhentista, na verdade não me recordando de outra manifestação anterior deste timbre de Césares.

Resultando o mesmo do acrescentamento dado pelo Rei D. João III a Vasco Fernandes César, em 1539, a possibilidade de encontrar hoje exemplo mais antigo do que este que JAD nos traz limita-se a pouco mais de quatro décadas.

Estando-se já em trânsito para a “paper heraldry” (enfim, em rigor alargada a talha, pedra, etc.), este timbre náutico, ainda assim, não é dos mais improváveis de algum dia descortinar, no lugar que lhe seria próprio, encimando um elmo.

Para armas femininas, desta nora de Vasco Fernandes César, o ordenamento não é dos mais frequentes, quer por usar o timbre, precisamente, quer pela forma alcançada para reunir as armas dos dois cônjuges, um esquartelado em que o 1.º quartel tem as armas do marido e os demais 3 as da mulher (claramente de famílias mais armigeradas).

Deixo duas representações, posteriores, das armas dos Césares, com o seu timbre. A primeira é retirada de um armorial da Casa de Cadaval (“Armas de Portugal”, hoje na Torre do Tombo.

"Armas de Portugal" - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - DigitArq (arquivos.pt)

 


A segunda, também na Torre do Tombo, consta do Tesouro de Nobreza, de Francisco Coelho, de 1675.

"Tombo das armas dos reis e titulares e de todas as famílias nobres do reino de Portugal intitulado com o nome de Tesouro de nobreza" - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - DigitArq (arquivos.pt)



Os meus franceses - 822

 No dia em que Boris Vian faria 101 anos.


A arte do retrato - 273


 Este Retrato de Antoine Crozat, marquês du Châtel, é de Alexis-Simon Belle, comprado por 30 000 euros pelo Museu Fabre de Montpellier que exerceu o seu direito de preferência em leilão parisiense a 22 de Janeiro.

Um quadro por dia - 518


 

Mais um Pieter Brueghel O Jovem que aparece ao fim de algum tempo : Repas des paysans sur l'herbe, óleo sobre madeira, que estava em Bruxelas desde 1914.

Vendido a 29 de Janeiro, em Paris, por 1 milhão e 300 000 euros.

Humor pela manhã




 Sobre um dos assuntos do momento ...

Bom dia !


Do quinto álbum, L' art des naufrages , lançado o ano passado .

Mais florinhas

Telheiras, 27 fev. 2021.
O sol estava muito forte e alto.

Marcadores de livros - 1830

«Escolho os meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.»

«Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda...»


Recebi esta maravilha de marcadores nos meus anos, da Justa. 
Vinham atados com um lacinho e eu pensei que era só o primeiro dentro da caixinha. Afinal quando tirei o fio para digitalizar vi que havia um Fernando Pessoa escondido. Este tem o reverso também digitalizado. Obra da aixola.
Gosto imenso! Muito obrigada, Justa!

terça-feira, 9 de março de 2021

Boa noite!

Belíssima versão de Perfect Day vários artistas, enviada pela Maria, a quem agradeço.

Estevas da Beira Baixa - 1

Fev. 2021. Foto Maria.

Estas flores lembram amores-perfeitos... São lindas!

Marcadores de livros - 1851



Marcadores com pinturas dos Artistas Pintores com a Boca e o Pé.

Marcadores de livros - 1829

 


Para o JP no seu desaniversário!

 São muitos os desaniversários que tenho que festejar. O nosso prosimetronista J.P. é um, dos muitos, que ainda me falta recordar e evocar.

Conforme for arrumando os livros e for encontrando algo apropriado aqui os irei recordando.

Como já escrevi na postagem anterior tenho andado a arrumar livros... e tenho estado, nestes dias, a deliciar-me com a Historia de la vida del muy religioso Varon Fray Luys de Montoya, impresso «en casa de Antonio Aluarez», certamente em Lisboa, no fim do ano de 1588 ou, talvez, só mesmo, no ano de 1589.



E o que achei também curioso no livro foi a imagem da sua portada, as armas de D. Cecília de Eça, a quem a obra é dedicada.

E as armas apresentadas, sobre o timbre de Césares é um escudo esquartelado de: I - César; II - Eça; III - Castro; e IV - Melo.

Confesso que nunca tinha reparado num escudo com o timbre de Césares!

Com esperança de não estar a dizer muitas asneiras, esta postagem foi escrita, com amizade, lembrando o dia 27 de janeiro, e evocando o aniversário de JP.

Para a Helga no seu desaniversário!

Sim, nos anos comuns temos 364 dias em que festejamos o nosso desaniversário e apenas um para o nosso aniversário. Quando os amigos não nos oferecem uma prenda no dia do aniversário é sempre possível faze-lo nos outros dias do desaniversário... e eu tenho andado preguiçoso, mesmo muito preguiçoso. Efeitos da época coVid!

Cada vez que se abre um livro é possível encontrar surpresas que não se adivinhavam e que vão muito além daquelas que se intuíam encontrar.

Arrumando livros  - tarefa bastante demorada porque aproveito para os rever ou reler - para além de tentar fazer um índice dos mesmos (não, não é uma catalogação é apenas um inventário, e indicações da nova arrumação, porque a idade não perdoa) vou lembrando o que a memória vai esquecendo, e até porque a memória está ficando em farrapos.

Tenho estado, nestes dias, a deliciar-me com a Historia de la vida del muy religioso Varon Fray Luys de Montoya, impresso «en casa de Antonio Aluarez», sem mais indicações, mas certamente em Lisboa, onde António Álvares trabalhou, durante o século XVI, a partir de 1586. A licença que autoriza a impressão está datada de 9 de Dezembro de 1588. Portanto, embora o livro possa ainda ter voltado à "verificação" por causa de uns acrescentos de milagres, deve ter ficado impresso em 1589. Assim o classifiquei.

Na parte final, existem três páginas ocupadas com ilustrações afim de completar as três últimas páginas que se encontravam em branco, preenchendo, deste modo, todas as páginas do caderno «O». E é nestas páginas de ilustrações avulso, aproveitadas de outras obras... de outras oficinas passadas que detetámos uma joia que não esperávamos.

Aqui está a folha correspondente a [111 verso].


E neste momento quase todos perguntam: mas o que é que tem de extraordinário a gravura de Nossa Senhora?
É que esta mesma gravura de Nossa Senhora já se tinha cruzado nos meus estudos, em 1995. Então estava mais completa e com outro enquadramento ao qual foi desmembrado ou separado (com engenho). 
A gravura tinha sido utilizada em 1495 ou 1496, por Valentim de Morávia, em Lisboa, quando fez a impressão do Regimento proueytoso contra ha pestenença


tamanho um pouco reduzido


Por onde terá a gravura andado nesse período que vai de 1495 a 1588? Quando foi separada do seu bloco original? São mistérios que talvez um dia encontrem resposta. Já as tarjas são outra história...!

Esta postagem foi escrita, com amizade, lembrando o dia 28 de fevereiro, e evocando o aniversário de HMJ.

segunda-feira, 8 de março de 2021

Boa noite!

 


Quem gostar pode ler:

Lisboa: Relógio d'Água, 2018

No dia Internacional da Mulher - a nossa vinheta

 Maria Callas (1958) uma voz incontornável!

https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Callas#/media/Ficheiro:Maria_Callas_1958.jpg

 Maria Callas 1923-1977


Para M. R.


 Espero que hoje, com 24 horas de dilação, já tenha chegado o meu presente  😉. O peixe do bestiário mágico criado por Alexandra Abramczyk na sua colecção Brasil. Ouro e pedras preciosas , está claro.

Feliz Aniversário !

Parabéns, Pedro Pichardo!

Medalha de Ouro no triplo salto Campeonato Europeu de Atletismo. Parece que vamos ter um substituto / continuador do Nelson Évora à altura. 
Quem fala contra os imigrantes devia por os olhos em duas das pessoas deste trio que nos trouxe medalhas de ouro: uma camaronesa e outro cubano, ambos naturalizados portugueses.

A arte do retrato - 272


 Guido Reni pintou sete vezes a última rainha do Egipto, e esta Cléopatra vendida em França ( Touloiuse) no final de Janeiro é seguramente a versão mais despojada, mais sóbria, mais moderna.

Citações


 

Quand la situation est vraiment, vraiment désespérée, on appelle une femme !


- Christine Lagarde agora presidente do BCE, e que não é pessoa dada a exageros .


Tinha guardado esta no caderno para este Dia Internacional da Mulher   :)