Prosimetron

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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Boa noite!


Artur Jorge (1946-2024)

Artur Jorge, antigo jogador da Académica e do Benfica, treinador do Porto e selecionador nacional, faleceu hoje.
Em 1969 foi impedido pelo governo de participar na final da Taça de Portugal, no auge da crise académica de Coimbra. Dado que estava a cumprir o serviço militar, não o deixaram sair do quartel para treinar, pelo que não pode jogar. Mas assistiu ao jogo.
Estive nesse jogo, um dos poucos a que fui ao longo da minha vida, e que o Benfica ganhou com um golo de Eusébio, para tristeza de muitos benfiquistas (como eu) que estavam  a torcer pela Académica.


Em 1969, Artur Jorge mudou-se para o Benfica, onde esteve até 1975.


Depois foi treinador do Porto e selecionador nacional.
Sócio n.º 1 e fundador do Sindicato dos Jogadores, fundado em 1972, com a ajuda do então advogado Jorge Sampaio.

Em 1983, publicou um livro de poemas, que irei hoje reler:


Marcadores de livros - 2945

Versos e reversos de quatro marcadores da catedral de Salamanca.


A caminho do 25 de Abril - 5


Portugal e o futuro, de António de Spínola, foi publicado pelo editor Waldemar Paradela de Abreu com a chancela da Editora Arcádia, no dia 22 de fevereiro de 1974.

Adenda às 21h02:
Acabei de ouvir na RTP1, a jornalista Ana Sofia Leitão dizer que o livro tinha escapado «ao crivo da Censura». Os livros não iam à Censura; podiam ser apreendidos depois, nas livrarias e nas tipografias, não pela Censura mas pela PIDE.

Hoje foi apresentado este livro de João Céu e Silva:

Lisboa: Contraponto, 2024

«Ainda hoje muitos não sabem que foi um livro que deu origem ao acontecimento que mudou o país em 1974 e que bastou ao mais prestigiado general português de então apenas uma frase-choque para derrubar em poucos dias o Regime: "A vitória exclusivamente militar é inviável." Esta declaração do general António de Spínola no seu livro Portugal e o Futuro, sobre a guerra no Ultramar, arrasou por completo a credibilidade do Governo de Marcello Caetano e provocou um autêntico terramoto no país.
«A obra, lançada a 22 de fevereiro de 1974, apresentava uma reflexão demolidora sobre a situação nacional e o futuro das colónias feita por quem melhor os conhecia e teve uma repercussão social e política inédita na sociedade portuguesa. Em poucos dias, os duzentos e trinta mil portugueses que compraram o livro compreenderam que o Estado Novo não tinha soluções para a grave crise que Portugal atravessava e que o Regime estava preso por um fio. 
«Espalhando-se pelo país como fogo em mato seco, as propostas do general em Portugal e o Futuro abriram o caminho que os capitães de Abril traçariam dois meses depois, no golpe que fez por fim cair o Regime e que o povo português, que acorreu em massa às ruas, transformou numa revolução. Os capitães concederam-lhe a honra de receber o poder das mãos do sucessor de Salazar e nomearam-no presidente da Junta de Salvação Nacional. No entanto, à primeira oportunidade, o general foi descartado, e Spínola não foi capaz de fugir à maldição que lhe estava destinada por se ter antecipado em dois meses ao fazer apenas com palavras um primeiro 25 de Abril.» (Da sinopse)

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Boa noite!

Lina e Rodrigo Cuevas.

Livro e marcador - 120

Foto Cláudia.

Igar Lednik, opositor de Lukashenko


Igar Lednik, antigo jornalista e membro do Gramada, partido social-democrata bielorrusso, morreu ontem na prisão. Foi condenado a uma pena de três anos, no final de 2022, por ter «difamado» Lukashenko.

Leituras no Metro - 2921

Lisboa: Fundação francisco Manuel dos Santos, 2024

«[...] em 2018, o Comité Anti-Tortura do Conselho da Europa anunciou dados que colocam Portugal no topo dos países da Europa Ocidental com mais casos de violência policial, sendo que o risco de abuso é maior para afrodescendentes. Casos algo mediáticos parecem trazer-lhe algum fundamento. Por um lado, o caso da PSP na Cova da Moura, em que um jovem negro foi detido e vários amigos do detido acabaram também detidos durante 48 horas depois de se deslocarem á esquadra de Alfragide para saber as razões dessa detenção. Além de terem sido alvo de violência física, os jovens detidos afirmaram que osa agentes proferiram frases como "A vossa raça devia ser exterminada".» (p. 58-59)
A polícia quer um subsídio de risco... tudo bem. Mas principalmente tem de ser educada e instruída.

«Portugal é um país marcado por imagens e dados díspares. Temos a maior percentagem de inquiridos que partilham de crenças racistas, mas somos o país da União Europeia onde menos atos violentos por motivação racial têm lugar. Somos um país onde ainda há desigualdades estruturais e significativas ao nível do género, mas onde as mulheres já são a maioria em contextos importantes, nomeadamente no ensino superior, o que nos mostra que as coisas podem estar a evoluir no sentido da igualdade. O mesmo país que é atualmente o terceiro melhor do mundo na integração de migrantes do ponto de vista legislativo é também o país em que, ainda há poucos anos, quase 60% dos inquiridos achava que o número de imigrantes devia diminuir. Um país que tem um primeiro ministro não branco e paridade de ministros/ministras, e ao mesmo tempo deputados de um partido cujo líder já mandou uma deputada negra para a sua terra em sessão plenária.» (p. 75)


Marcadores de livros - 2944


terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Boa noite!

Uma escolha da Maria, lembrando António Gedeão que faleceu em 19 fev. 1997.


Livro e marcador(es) - 119

Foto Cláudia.

Já agora acrescento mais um marcador da mesma coleção:

Da Beira Baixa - 22

Continuamos com os céus da Beira baixa, desta vez com «o que resta das ameixoeiras bravas que ficaram reduzidas a duas ou três pernadas...» (Maria).

Fotos Maria.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Na Biblioteca Nacional


Da vinheta


 

Poderia ter escolhido várias imagens do próprio, de Navalny, vítima mais recente do infame regime de Putin, mas optei pela mãe, a mãe a quem foi impedido entrar na morgue para ver o cadáver do filho.

Nem o direito natural é cumprido naquela autocracia.

Viva Navalny !

Bom dia !

No top há 50 anos.

Leituras no Metro - 2920

Lisboa: Zigurate. 2024

Não era para comprar este livro, mas resolvi fazê-lo no sábado e na verdade passei um belo fim de semana a lê-lo.
Fiquei a saber como ele se pronunciou desde cedo, em discursos e artigos, contra a «terceira via», na linha de Mário Soares. Sabemos os resultados desastrosos que essa «terceira via» teve.
As propostas que ele defende hoje para a Economia são uma linha programática que ele tem vindo a aprofundar, desde há muitos anos. 
Não sabia que ele gostaria de ter sido ministro da Economia, mas ainda bem que foi das Infra-Estruturas, apesar de se dizer então que era um presente envenenado já por causa da TAP.  Ao contrário do que dizem, graças a ele pode ser que venhamos a ter uma linha ferroviária, parte da qual foi desativada e destruída, e que se encontra agora em obra. Só quem nunca esteve ligado a um projeto de construção não sabe quanto tempo demora até o vermos de pé: estudos, abertura de concursos, etc. E ainda por cima com uma pandemia pelo meio e falta de trabalhadores na construção civil. 
PNS manifestou-se contra o apoio do PS à recandidatura de Marcelo, porque ela «era possível de provocar "instabilidade"» (p. 108). Parece que tinha razão.

Marcador.

Marcadores de livros - 2943

Este marcador recortado é deste livro:

Lisboa: Suma, 2023

Para todos os peixinhos deste aquário.

domingo, 18 de fevereiro de 2024

Boa noite!

Ethel Waters (1909-1977).

Marcadores de livros - 2942

Versos
Reverso dos dois da esq.
Em cima, reverso do 3.º e 4.º e os dois reversos do 5.º e 6.º.

Para Enri.

Céus da Beira

Fotos Maria, 15 fev. 2024.

«Nunca me lembro de ver um céu assim... [...] Ainda há pouco chovia torrencialmente, agora estão a aparecer uns buracos azuis muito giros: com o vento, tudo muda num instante.» (Maria)