Prosimetron

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sábado, 9 de novembro de 2013

Os meus franceses - 304

Já há muito que Barbara não aparecia por aqui. Volta hoje com esta bela canção que Hubert Ballay escreveu para André Schlesser.

Contra o esquecimento


A noite de 9 para 10 de Novembro de 1938 entrou tristemente na História como a Reichskristallnacht/Reichspogromnacht (A noite de cristal). Vários documentários e filmes nas estações televisivas alemãs comemoram os 75 anos desta efeméride ao longo da semana passada.
O regime de Hitler "aproveitara" um atentado contra o diplomata alemão Ernst vom Rath em Paris, ocorrido dois dias antes e levado a cabo pelo judeu Herschel Grynszpan, cujo intuito fora o de chamar a atenção internacional para a perseguição de judeus na Alemanha. Por detrás da vingança que a propaganda nazi reivindicava, manifestava-se o objectivo, há muito planeado, de "resolver" definitivamente a causa judaica.
Após o discurso anti semita de Goebbels pelas 22.30 h, iniciaram-se os ataques e atentados contra a comunidade judaica em toda a Alemanha e nos territórios recém ocupados na Áustria e República Checa. Na sequência deste pogrom, foram destruídas mais de 1400 sinagogas e milhares de lojas, pertencentes a judeus alemães. 13oo pessoas foram assassinadas, cerca de 30.000 judeus foram detidos, forçados a emigrar ou deportados para campos de concentração.
Quem sobreviveu, foi obrigado a remover os estragos nos dias seguintes.
Esta noite marcou o princípio do extermínio sistemático dos judeus. Seis milhões de judeus viriam a morrer até Maio de 1945.
 

Verdi, Wagner et l’Opéra de Paris

Até 16 mar. 2014, na Ópera Granier.



sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Valse in A Minor

A Valsa de Chopin no filme La Rafle.

La Rafle, de Roselyne Bosch, impressionou-me apesar da crítica controversa.

Os meus franceses - 303

Especial de Outono

O inesperado: Philippe Jaroussky canta "Les feuilles mortes" de Jacques Prévert e e Joseph Kosma


Imagens impressionantes

Imagens que podem mexer com todas as emoções. São de autoria do jornalista Jonas Sakamoto.

Teste de Rorschach

O teste de Rorschach diz respeito à interpretação de certas manchas de tintas, simétricas. Quando há pouco vi que o google dava relevo ao teste, assinalando o dia do nascimento do seu criador, Hermann Rorschach, ocorrido há 129 anos, lembrei-me que na disciplina de Psicologia, que tínhamos no meu 6.º ano (atualmente 10.º), estudávamos o teste de Rorschach e claro que todas nós fazíamos as nossas «pranchas» com tinta de caneta ou tinta da China.

Onde NÃO me apetecia estar






Agbobloshie, não muito longe de Accra, a capital do Gana. Um dos lugares mais tóxicos do planeta como diz a VISÃO :

" Mais de 40 mil pessoas vivem nesta lixeira, aonde chegam, anualmente, 215 mil toneladas de velhos eletrodomésticos e computadores da Europa. Os níveis de chumbo no solo podem aí ultrapassar 45 vezes o normal. "

Humor pela manhã


Bom dia !



Júlio Resende, um dos mais interessantes jazzmen nacionais, em diálogo com a rainha do fado no recente álbum.

... a estrada começa...

Abriu no dia 2 de novembro na Rua das Escolas Gerais, 13, em Lisboa, com a exposição



quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Boa noite!

Camus nas revistas francesas

Capa da Lire deste mês. 
Sempre pensei que a revista dedicasse um n.º especial a este autor.
N.º especial de out.
N.º especial saído em abr.-maio.

Je vis comme je peux...


J’essaie, en tout cas, solitaire ou non, de faire mon Métier. Et si je le trouve parfois dur, c’est qu’il s’exerce principalement dans l’assez affreuse société intellectuelle où nous vivons, où l’on se fait un point d’honneur de la (dé?)loyauté où le réflexe a remplacé la réflexion où l’on pense à coup de slogan et où la méchanceté essaie de se faire passer trop souvent pour l’intelligence. Que faire d’autre alors, sinon se fier à son étoile et continuer avec entêtement la marche aveugle, hésitante, qui est celle de tout artiste et qui la justifie quand même, à la seule condition qu’il se fasse une idée juste,à la fois de la grandeur de son métier, et de son infirmité personnelle. Cela revient souvent à mécontenter tout le monde. Je ne suis pas de ces amants de la liberté qui veulent la parrer de chaînes redoublées ni de ces serviteurs de la justice qui pensent qu’on ne sert bien la justice qu’en vouant plusieurs générations à l’injustice. Je vis comme je peux, dans un monde malheureux riche de son peuple et de sa jeunesse, provisoirement pauvre dans ses élites, lancé à la recherche d’un ordre et d’une renaissance à laquelle je crois. Sans liberté vrai, et sans un certain honneur, je ne puis vivre. Voilà l’idée que je me fais de mon métier. 
Albert Camus, 22 jan. 1958

Albert Camus, cidadão do mundo


O Centro Albert Camus, de Aix-en-Provence, organiza uma exposição dedicada ao romancista-filósofo que está patente até 5 de janeiro de 2014.

Livros para todos


Ter uma livraria continua a ser um sonho para muitos, e para alguns, apesar das adversidades do tempo presente, vai-se concretizando. É o caso do casal Paulo e Sara Ferreira, que abriu há uns meses a Fyodor Books no Chiado, a meio da Calçada Nova de S.Francisco. E são livros para todos, pela diversidade de autores e pelos preços muito acessíveis. Vale a pena uma visita ( De segunda a domingo, 12h-20h )

Pensamento ( s )


Pour vivre heureux, vivons cachés.

Cada vez acredito mais nesta máxima. Fugir a protagonismos, a mostrar que se é feliz ( ainda que minimamente ), talvez assim se consigam evitar invejas e ressentimentos.
Desconhecia era que provinha de uma das fábulas de Jean-Pierre Claris de Florian ( 1755-1794 ), escritor e dramaturgo que embora tenha sido poupado à guilhotina ( à qual tinha sido condenado por ter dedicado uns anos antes uma peça a Maria Antonieta ... ) pela queda e execução de Robespierre em Julho de 1794, morreu uns meses mais tarde ainda preso vítima de uma tuberculose agravada pela prisão.

Humor pela manhã


Bom dia !


Com Joni Mitchell, que faz hoje 70 anos.

Camus versus Sartre


Boa noite!


No dia em que passam 100 anos sobre o nascimento de Camus.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Duas exposições sobre Cunhal



Camus visto por Mega Ferreira


Novidades


O antigo palácio real, agora museu mais visitado do mundo, é uma casa com vários mistérios e segredos. Do próprio nome ( Louvre ) a Belphégor, o fantasma do Louvre...

Les secrets du Louvre, Pascal Torres, Éditions La Librairie Vuibert, 285p, € 18.

Lá fora - 181 : Yousuf Karsh





60 retratos de igual número de ícones do século passado, por Yousuf Karsh, grande fotógrafo de famosos e de desconhecidos.

Yousuf Karsh. Icônes du XX siècle, até 26 de Janeiro de 2014, no Mona Bismarck American Center, Paris.

Um quadro por dia



Esta tela, Étretat, les falaises, pintada em 1870 por Gustave Courbet é uma das 18 provenientes da colecção impressionista do diplomata e homem de negócios Christian Otto Zieseniss ( 1865-1938 ) que serão hoje vendidas na Sotheby's de Nova Iorque.

Humor pela manhã




Malentendidos

Bom dia !


terça-feira, 5 de novembro de 2013

Afirmações...


Thomas Benjamin Kennington, The Pinch of Poverty", 1891



Afirmações que deviam ser interditas:


«O ministro da Educação defendeu esta segunda-feira em Ovar que, para ser dispensada mais austeridade no Orçamento do Estado para 2014 e ainda pagar a dívida total do Estado, todos os portugueses teriam que "trabalhar um ano sem comer".»

Jornal de Notícias, 5-11-2013

Uma boa noite com os "Serviços Secretos"

Muito se fala actualmente de serviços secretos. Há 33 anos, durante o Outono de 1980, outra espécie de "serviços secretos", bem mais pacíficos, invadiam os países europeus: a banda sueca "Secret Service" com "Ten o'clock postman" - um conjunto que registou alguns sucessos durante a década de 80. Um boa noite!
 

Novidades

Os " dispersos " de Agustina, textos vários de cinco décadas escolhidos e organizados pelo marido, Alberto Luís, e pela neta Lourença Baldaque. ( Guimarães, 2013, 104p, € 12,50 ).

Ainda não o tenho, mas prevejo que amanhã colmate essa omissão.

Citações



( ... ) Foi então que gizou um plano. Porque não ir até Paris, onde se matricularia num daqueles cursos, com nomes sonantes, que tinham dado fama à Faculdade de Sciences Po? Porque não passear-se, no Boulevard Saint-Michel, com um iPad debaixo do braço? Porque não comer croissants, ao lado de turistas americanos, na esplanada do Café de Flore? Até já tinha um título, " A Confiança no Mundo ", para a tese que tencionava escrever. Sim, porque ele era um optimista, não um covarde como Teixeira dos Santos, que se fora abaixo ao primeiro indício de não haver dinheiro nos cofres do Estado.
Havia contudo um óbice. Para se viver em Paris, era necessário cheta. O rendimento dos andares da mamã e um empréstimo da CGD resolveram o problema. Mesmo sem saber Latim, Grego, Francês ou Alemão, Sócrates tinha a certeza de que Kant o esperava à beira do Sena. Partiu com o espírito cheio de sonhos. Quanto mais se passeava pelos boulevards, mais desprezo sentia pelo país onde nascera. Nem a Presidência da República lhe parecia agora apetecível : " Não sinto nenhuma inclinação para voltar a depender do favor popular ". Em vez de se submeter a eleições, o que desejava era continuar a jantar na Brasserie Lipp ao lado de " intelectuais ". Antes, não sabia que existiam " vidas assim tão boas ". Agora, que o descobrira, hesitava em regressar ao ninho.

- Assim termina a deliciosa, e demolidora, crónica de Maria Filomena Mónica sobre o regresso de Sócrates à pátria. Foi no Expresso do passado sábado, e vale a pena ler na íntegra.

Ainda há dias em que penso naqueles meses surreais de 2011, em que estando o país à beira da insolvabilidade ainda havia quem falasse em novos aeroportos de Lisboa, TGV e mais não sei o quê.

A crise, a Troika e as alternativas urgentes


La Renaissance et le Rêve


Reunindo mais de 80 obras de artistas famosos da Renascença, como Bosch, Veronese, Dürer ou Correggio, a exposição apresenta a idade de ouro da representação do sonho. Entre histórias oníricas e visões de pesadelo, o percurso vai do adormecer ao acordar e convida todos a deixarem-se envolver pelas imagens perturbadoras do sonho.
Até 26 de janeiro de 2014.

Désirs & Volupté à l’époque victorienne

Wontner - La Joueuse de Saz

A exposição dá-lhe a conhecer alguns artistas famosos (alguns hoje quase desconhecidos) na Inglaterra vitoriana. Estão expostas cerca de 50 pinturas de artistas como Lawrence Alma-Tadema, Frederic Leighton, Edward Burne-Jones ou Albert Moore, as quais refletem o desejo comum dos artistas em homenagear o culto da beleza.
No Museu Jacquemart-André, em Paris, até 20 de janeiro de 2014.

Especialmente para a Ana

Abriu recentemente uma loja da Arcádia em Coimbra, na Av.Calouste Gulbenkian, 94, em Celas.

Ana : depois queremos uma " reportagem " , mas imagino que estes chocolates artesanais continuem com a mesma qualidade de sempre.

No Carmo


Está a decorrer, no Museu Arqueológico do Carmo, em Lisboa, a 3ª Feira do Livro Ilustrado até 7 de Janeiro. De segunda a sábado, das 10 às 18h.

Lá fora - 180 : O regresso do Rei Herodes





2000 anos depois, mais ano menos ano, Herodes o Grande ( para não confundir com os outros Herodes da dinastia ), volta a ser protagonista em Israel com uma exposição que está a ser um grande sucesso com um recorde de 330 000 visitantes, e que acaba de ser prolongada até Janeiro de 2014. O grande construtor, que durante o seu longo reinado de 33 anos trouxe paz e prosperidade aos territórios governados sob a égide de Roma, mas cuja paranóia ceifou a vida a muitos súbditos. A sua  morte, em 4 a.C., marca o início do declínio da sua dinastia que termina com Berenice e a anexação por Roma no ano 70 depois de Cristo.

Herodes o Grande : a última viagem, até 4 de Janeiro de 2014, no Museu de Israel em Jerusalém.

Bom dia !


Humor pela manhã



Cansada do mar, e farta de esperar pelo Príncipe Encantado...

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Boa noite!

Frase da semana ( passada )



Não faço ideia porque as pessoas se irritam comigo.

- José Sócrates, em mais uma entrevista televisiva, desta vez no programa Alta Definição da SIC.

Por este andar, ainda vai chegar a vez da Caras, da Lux, da Nova Gente etc

Um quadro por dia


Henri Fantin-Latour, Chrysantemum, óleo sobre tela, col.particular.

Nem sempre é fácil trazer aqui " um quadro por dia ", e este foi directamente inspirado pela vinheta escolhida pelo nosso MLV.

Novidades


Lisboa na colecção Bouquins, uma obra muito completa ( em 1174 páginas ) sobre a capital portuguesa, sob a forma de antologia organizada por Luísa Braz de Oliveira e com prefácio de Gonçalo M.Tavares.


Frutas - 106

Henri Matisse - Pink tablecloth
Henri Matisse - Still life with apples on a pink tablecloth, 1924


Próxima vinheta: uma flor de outono



A vinheta deste mês é uma flor típica do outono. De acordo com o taoismo, o crisântemo é um símbolo de simplicidade e perfeição, mas também significa tranquilidade e é visto como um mediador entre o céu e a terra, a vida e a morte.
Considerada também como uma planta medicinal, na China o crisântemo era usado como um remédio para a dor de cabeça. As pétalas também podem ser usadas em saladas e as folhas para fazer uma bebida. Uma lenda afirma que juntar pétalas de crisântemo numa taça de vinho aumenta a longevidade e vitalidade de uma pessoa.
Não encontrei a bebida que se pode fazer com as pétalas desta flor, mas descobri uma receita de geleia.

Ingredientes:
12 crisântemos grandes (que devem ter sido colhidos ainda com o orvalho da manhã, sem tratamento com pesticidas)
2 chávenas de chá de água; a mesma medida de açúcar refinado; sumo de 1 limão (médio).

Preparação:

Lavar bem as flores em água corrente e escorrer o excesso de água, num escorredor de massas. Numa panela juntar apenas as pétalas, as chávenas de água e sumo de limão. Deixar tudo amolecer uns 10 minutos, em lume brando. Acrescentar o açúcar e envolvê-lo bem no preparado, mexendo sem parar, em lume brando, durante 30 minutos, ou até começar a ver o fundo da panela. Retirar do lume e colocar imediatamente em frascos esterilizados.

Humor pela manhã