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terça-feira, 14 de abril de 2009

Encontro com o cinema britânico: Julie Christie

Julie Frances Christie nasceu em Chukua/Assam (Índia) a 14 de Abril de 1941.

Após uma infância e juventude de rebeldia, vividas na Índia, Inglaterra e França, inscreve-se na Central School of Drama de Londres aos 17 anos. Em 1960, é descoberta por Michael Hayes para a série televisa A For Andromeda. Apesar do sucesso em TV, recebe a primeira proposta para o grande écran apenas dois anos mais tarde: Terence Young deslumbra-se com Christie para o papel de Honey Rider na primeira película de James Bond, mas Albert Broccoli (produção) impõe Ursula Andress como Bond-girl. Outros desafios lançam a jovem actriz para a Sétima Arte: The fast lady (1962), Crooks anonymous (1962) ou Billy Liar (1963) de John Schlesinger ao lado de Tom Courtenay.
Christie afirma-se definitivamente no estrelato cinematográfico a partir de 1965: brilha em Young Cassidy de Jack Cardiff ao lado de Rod Taylor e Maggie Smith. Em Darling, juntamente com Dirk Bogarde e novamente sob a direcção de Schlesinger, interpreta o papel de Diana Scott, premiado com o Óscar para melhor actriz.
Durante as filmagens de Darling, recebe o telefonema que viria a mudar a sua vida: David Lean prepara Doctor Zhivago e convida Christie para o papel de Lara. Seguem-se ainda as participações em obras primas, tais como, Fahrenheit 451 (1966) de Truffaut ou Far from the madding crowd (1967) de John Schlesinger.

A relação com Warren Beatty entre 1968 e 1978 proporciona alguns projectos em comum: McCabe & Mrs. Miller (1971) de Robert Altman ou Heaven can wait (1978). Em Don’t look now, baseado na obra de Daphne du Maurier, Christie impressiona como Laura Baxter ao lado de Donald Sutherland, ainda que o filme se torne conhecido junto do grande público mais através de uma cena de amor bem ousada à luz dos padrões da época do que através da interpretação da leading woman.

Poucas são as propostas interessantes nos anos que se seguem. O comeback dá-se em meados dos anos 80, quando Christie integra séries de TV europeias. O espectador do grande écran revê-a em Hamlet (1996) de Kenneth Branagh, Harry Potter and the Prisoner of Azkaban (2004), Finding Neverland (2004) e, por fim, no papel de uma doente de Alzheimer em Away from her (2006) pelo que é nomeada para o Óscar de melhor actriz.
Al Pacino terá considerado Julie Christie como a “mais poética de todas as actrizes”. Na verdade, a beleza e sensualidade, mas também o seu talento, tornaram Christie num dos maiores ícones do cinema britânico.
Imagens: Julie Christie (1970); em Darling (1965); em Doctor Zhivago (1965); Julie Christie hoje

5 comentários:

Anónimo disse...

Para mim foi uma das actrizes que melhorou com a idade. Tem classe.
A.R.

Anónimo disse...

Gosto imenso da Julie Christie. Via recentemente em A vida secreta das palavras e num outro filme de que não recordo o nome.
M.

LUIS BARATA disse...

Al Pacino tem toda a razão.

Anónimo disse...

Vi-a. Saltou o hifen. Desculpem.
M.

Sandro Soares disse...

Linda,maravilhosa,talentosa que no papel de Lara em Doutor Jivago mostra todo seu talento de iniciante.