Prosimetron

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sexta-feira, 17 de abril de 2009

Há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não!

Alberto Martins, Presidente da Associação Académica de Coimbra, 17 de Abril de 1969

Revolta estudantil de Coimbra 17 de Abril de 1969.

Faz hoje, 17 de Abril, 40 anos que os estudantes de Coimbra se revoltaram quando Américo Tomás, acompanhado pelo ministro da educação José Hermano Saraiva vão a Coimbra inaugurar o novo edifício universitário das Matemáticas.
A recém eleita direcção da Associação Académica de Coimbra, através dos seu presidente, pediu para falar na cerimónia, Tomás recusou. Foi o rastilho para o movimento acirrado devido às prisões efectuadas, pela polícia, dos dirigentes estudantis. Até Outubro a cidade de Coimbra viveu em estado generalizado de desobediência cívica, não sendo suficientes as medidas repressivas, dado que estas serviram para reforçar a unidade estudantil e do domínio da esquerda. No dia 2 de Junho começou a greve aos exames, apenas desmobilizada em Setembro. Cerca de 49 estudantes foram compulsivamente integrados no serviço militar, não se concedendo o adiamento da incorporação. Em 11 de Abril de 1970, tudo parecia terminar quando uma comissão de estudantes, com Alberto Martins à frente foram a Lisboa pedir benevolência a Américo Tomás, na presença do ministro da justiça, Mário Júlio de Almeida Costa, com discursos do reitor, Gouveia Monteiro, e de Teixeira Ribeiro, numa manobra que contou com a ajuda de Sebastião Cruz e Mota Pinto.
Revolta dos Estudantes 1969

1 comentário:

Anónimo disse...

Há 40 anos...
M.