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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Encontro com o cinema britânico: Emma Thompson

Emma Thompson celebra hoje o seu 50º aniversário. Nasceu em Londres a 15 de Abril de 1959.

Emma cresce num ambiente familiar criativo e alegre: os seus pais, Eric Thompson e Phyllida Law, são ambos actores (Emma viria a contracenar com a mãe em vários filmes posteriormente). Estuda Literatura Inglesa em Cambrigde, onde integra o famoso Footlights Group, berço de alguns dos artistas que compuseram os Monty Python.
Os primeiros passos artísticos dão-se nos anos 80: Thompson estreia-se em programas de rádio na BBC e nalguns comedy shows televisivos. Torna-se conhecida do público londrino em 1985 na adaptação de Me and My Girl no West End, juntamente com Stephen Fry, um dos companheiros dos tempos do Footlights Group. O sucesso em palco leva a BBC a convidá-la para o papel principal da série Fortunes of War em que Thompson e Kenneth Branagh interpretam um casal inglês expatriado na Roménia durante a Segunda Guerra Mundial. A jovem Emma é galardoada com o BAFTA, e a partir deste momento, inicia uma carreira cinematográfica internacional notável. Seus papéis abrangem um universo vasto e diversificado de interpretações: quer em produções Merchant-Ivory, inconfundivelmente british, quer em grandes produções de Hollywood, a actriz convence pelo seu talento e seu charme.

Referir os filmes de Emma Thompson na íntegra é impossível. Restam apenas algumas anotações: em 1992, Thompson desempenha a Maggie em Peter’s Friend sob a direcção do seu (então) marido Kenneth Branagh. Ainda nesse ano, ganha o Óscar de melhor actriz pela interpretação de Margaret Schlegel em Howard’s End (1992) de James Ivory, ao lado de Anthony Hopkins. Com ele, brilha novamente um ano mais tarde em The Remains of the day do mesmo realizador. Também em 1993, defende Daniel Day-Lewis num drama sobre o IRA em In the name of the father de Jim Sheridan. Em Sense and Sensibility (1995), afirma-se como actriz sob a égide de Ang Lee, e revela outra faceta da sua capacidade ao adaptar a obra homónima de Jane Austen ao argumento para o filme, o que lhe vale um Óscar nesta categoria.

Outras participações seguem-se em Primary Colours (1998) de Mike Nichols com John Travolta, Harry Potter and the Prisoner of Azkaban (2004), Nanny McPhee (2006) e, por fim, Last Chance Harvey de Joel Hopkins ao lado de Dustin Hoffman, conforme já apresentado por Luís Barata.

Menos conhecidas, mas nem por isso menos impressionantes, serão as interpretações em Much ado about nothing (1993) e, sobretudo, em Carrington (1995): sob a direcção de Christopher Hampton, vemos Emma Thompson como pintora Dora Carrington, pouco conformista com os padrões da era victoriana, num relacionamento, pouco conformista igualmente, com o escritor Lytton Strachey (Jonathan Pryce). Emma Thompson e Carrington – verdadeiros superlativos!


Imagens: Emma Thompson; The remains of the day (1993), com Anthony Hopkins; Much ado about nothing (1993), com Kenneth Branagh; Sense and Sensibility (1995), com Kate Winslet

2 comentários:

LUIS BARATA disse...

Parabéns a Emma Thompson! É uma actriz de que gosto bastante.

Anónimo disse...

Parabéns. Gosto imenso de Emma Thompson. Vejo sempre que posso os filmes em que ela entra.
A.R.