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quarta-feira, 3 de julho de 2024

Pela «construção de um país sem violência, sem racismo, sem desigualdade»


Catarina Furtado felicitou a seleção nacional pela vitória nos Oitavos de Final e sublinhou que «este fenómeno irracional que nos une por Portugal (e pelos seus jogadores feitos por tantas e diferentes raízes espalhadas pelo mundo) deveria ser o reflexo da nossa sociedade» - «Todos unidos por uma vitória: a da construção de um país sem violência, sem racismo, sem desigualdade com base no género, sem homofobia, sem xenofobia. A vibrar de empatia». 
Infelizmente isto parece acontecer só no desporto e não é só em Portugal. Vejam-se as reações que as declarações de Mbappé ao apelar aos franceses para não votarem nos extremos, como se ele não fosse um cidadão e pudesse emitir opiniões. Mbappé é um hoje multimilionário (como frisou populisticamente Bardella) mas faz parte dos jovens de um dos bairros a que Sarkozy chamou de escumalha.

4 comentários:

Isabel disse...

Tenho alguma simpatia pela Catarina Furtado, depois de ler o livro que escreveu, sobre o trabalho de voluntariado em África (acho que estou a dizer bem o tipo de trabalho).Antigamente achava-a muito "estrelinha", mas hoje respeito-a pelo que fez (não sei se continua a fazer esse tipo de trabalho) e por achar que é uma pessoa boa, genuinamente.Espero que não mude.
Boa semana:))

Miss Tolstoi disse...

Zidane desde 2002 que tem apelado ao voto contra os Le Pen nas presidenciais. Que me lembre, fê-lo nesse ano contra o contra o papá, em 2017 contra a filha Marine e agora colaborou num vídeo de um rapper francês de Marselha. Como dizemos por cá "quem não se sente, não é filho de boa gente". E estes grandes do futebol são todos filhos de imigrantes. Mesmo Bardella é filho e neto de imigrantes. Parece-me que 75% das suas costelas são italianas.
Mbappé até foi muito moderado no seu apelo. Espero que agora reconheça que os extremos não são todos iguais.
Gostei de ler estas declarações de Catarina Furtado.

Pini disse...

El deporte, afortunadamente, sirve para unir a la gente en torno a una misma ilusión, sin importar los elementos discordantes en la sociedad.
Boa tarde

MR disse...

O desporto é muito agregador, constrói equipas mesmo quando são desportos que se podem fazer individualmente e é importante na formação da personalidade dos miúdos. E quando se trata de equipas e pessoas que representam um país elas conseguem unir o país de um modo único. Todos sabemos de casos de medalhados ao mais alto nível que, fora da sua atividade desportiva, já foram objeto de racismo e descriminação. E também sabemos ou já assistimos ao que se passa quando se trata de pessoas 'comuns'.
Pelo nome vi que o chefe do RN francês tinha de ter origem italiana. Não entendo como ele faz aquelas propostas xenófobas que quer ver aplicadas aos franceses que têm dupla nacionalidade. Um dos cargos que deve estar vedado a estes franceses, caso essa proposta algum dia seja aprovada, penso eu que deve ser o de primeiro-ministro. Estranho, não é? Como estranho é imigrantes votarem nesse partido. Para mim, são mistérios da mente humana. As pessoas não olharem para o seu percurso de vida ou dos seus ascendentes.
Bom dia para todos.