Prosimetron

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domingo, 11 de abril de 2010

Números - 13

400 a 500 (euros) - monografia
1500 (euros ) - tese de mestrado

As palavras da Ana relativamente a Coimbra e à criação lembraram-me estes números que andava para aqui trazer há algum tempo. São estes os números correntes de compra e venda de trabalhos académicos que podemos encontrar na Internet. O "apoio" à realização de trabalhos para cadeiras de licenciatura, monografias e teses de mestrado é uma "indústria em expansão" também já no nosso país. Não é preciso procurar muito para encontrar anúncios como este: " Faço trabalhos académicos com rigor científico. Envie o tema e as regras impostas para a feitura do trabalho."
A inovação e a criatividade académicas já tiveram melhores dias... E, como seria de esperar, as universidades têm feito o possível para contrariar este estado de coisas, designadamente através do chamado anti-plagiarism software ( software anti-plágio ) que já é usado em algumas universidades portuguesas, desde logo na do Minho conforme li recentemente. Li também que um dos melhores programas informáticos do género é o Viper que escolhi para ilustrar estas linhas.
Mais uma dor de cabeça para os professores universitários...

6 comentários:

Jad disse...

Por isso existem tantos novos dr.s e Dr.s

MR disse...

Só me lembrou uma história que um amigo me contou há anos, a respeito de uma tese de licenciatura.

ana disse...

Luís,
A esses que fazem as coisas sem mérito próprio desprezo-os.
Tenho um grande amigo que está a doutorar-se, dá aulas na Faculdade de Letras, numa área que me atrai bastante, que me disse que já têm descodificadores, não me pergunte como, para saber a procedência desse tipo de trabalhos.
Julgo que isso se passará em todas as Universidades.
A minha criação tem que ver com ensinar sem destruir.
Só agora li o seu post.

ana disse...

Tenho orgulho em poder dizer que fiz o mestrado a trabalhar com muito esforço pessoal para conciliar o tempo de trabalho, o tempo de pesquisa, o tempo que perdia a ir para o trabalho. Nunca pedi sabática, tive o carinho de alguns colegas que me aliviavam de algumas reuniões morosas, e a família que me apoiou sempre, um orientador magnífico, a quem agradeço mil vezes e muitas mais, crítico, compreensivo e construtivo e, mesmo com uma profissão desgastante, e com mil e uma coisa para fazer, consegui.
:)

LUIS BARATA disse...

Ana: Tal como o seu caso, conheço muitos outros cujo mérito é próprio, mas também vou sabendo de casos menos bonitos.
E o problema será sempre de oferta e procura...

APS disse...

...e de ter, ou não, neurónios consistentes...