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sábado, 17 de abril de 2010

O TEATRO DA MEMÓRIA...João Bénard da Costa


Hoje ao passar na FNAC comprei as Crónicas: Imagens Proféticas e Outras de João Bénard da Costa que saiu em Fevereiro. Foi a partir delas que procurei a imagem. Deixo um trecho que me agradou logo que o abri ao acaso.

O TEATRO DA MEMÓRIA

Na memória, como no teatro, tudo se perde, tudo se cria e nada se transforma. lembrei-me disso, anteontem, quando abriu a nova bibloteca de Alexandria e quando me lembrei que Fílon (século I d.C.) terá criado para a antiga (tanto biblioteca como museu) a expressão «teatro da memória». Isso me trouxe de volta um livrinho intitulado L'Idea del Theatro, escrito em 1544 por um certo Giulio Camillo, chamado Delminio e cognominado pelos contemporâneos «o divino» (1480?-1544?). Livrinho que andou esquecido mais de quatro séculos, até ser desenterrado por um inglês, em 1970. (...) Todos sonhamos com dias claros em que possamos ver para sempre. Ver tudo o que foi, ver tudo o que será.


João Bénard da Costa, Crónicas: Imagens Proféticas e Outras, Lisboa: Assírio & Alvim, 2010, p. 83-84

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