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sábado, 3 de março de 2012

Bulhão Pato, a Quinta da Rabicha e A. P. Lopes de Mendonça

Sou uma leitora assídua destes livros de Bulhão Pato. Lembrei-me de os colocar, depois de ter visto um poste no Arpose. Neles, o autor escreve principalmente sobre os seus amigos, os homens do seu tempo e  sobre estórias da história.
O que restava da Quinta da Rabicha, em 1912

Lisboa: Perspectivas & Realidades, 1986. 3 vols.
Vol. 1: Cenas de infância e homens de letras; vol. 2: Homens políticos; vol. 3: Quadrinhos de outras épocas.

Sobre a Quinta da Rabicha, uma horta que havia nos arredores de Lisboa: «Foi cortada pelo caminho-de-ferro de Sintra. Ficava debaixo do arco grande do Aqueduto. [...]
A Quinta da Rabicha era pequena e em forma de triângulo. Toda colmada de um odorífero e viçoso pomar, que dava primorosas laranjas. Água abundante e corrente. [..]
«Na Rabicha, o sumptuoso hotel, ao ar livre, debaixo de um parreiral, ao pé do tanque, sempre transbordando de água, fornecia as pescadinhas de rabo na boca, ovos duros, queijo saloio, pão de Belas, alface repolhuda, a verdadeira alface lisboeta, que nem a de Rom lhe dá de rosto. Era um banquete. Um cruzado novo - 480 réis - sobrava para quatro homens comerem e beberem à farta.» (p. 67-68)

Lisboa: Perspectivas & Realidades, 1986

«As vigílias literárias, as inquietações da política, os apertos da vida batalhavam em vão contra Lopes de Mendonça.
«A sua poderosa organização saía-se triunfante de tods os assaltos.
«Tinha o ânimo folgazão; aqueebrosto respirava de todos os assaltos. Fazia as coisas sem a mínima pretensão.
«Uma tarde, em Sintra, etava assistindo a uma tourada de curiosos. Veio à praça um touro valente: Mendonça saltou, de cigarro na boca, bateu-lhe as palmas e pegou-lhe com a destreza de um campino do Ribatejo.» (p. 94)

Para o Jad, depois de há dias termos falado em Bulhão Pato num jantar, e depois de ter visto o poste de APS, no Arpose.

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