Prosimetron

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quinta-feira, 1 de março de 2012

Uma história com a Livraria Portugal em fundo

No início de 1997, fui à Livraria Lello, na Rua do Carmo, levava dez contos na carteira para comprar esta obra de Guerra Junqueiro. Quando lá cheguei, lembrei-me que poderia esperar pela Feira do Livro - semprei poupava uns cobres. De seguida, fui à Livraria Portugal para comprar um livro que costumava estar numas prateleiras debaixo da escada. Fui ver, não havia e vim-me embora. Mas reparei num homem com ar suspeito que não desatrelava de lá e não parecia interessado em nenhum livro.
Quando cheguei ao Metro, onde estava a carteira, com o dinheiro e cheia de cartões? Lembrei-me logo do "homem com ar suspeito". Fui à Portugal, nada; fui à Lello, nada. E pensei: nem livro, nem dinheiro - grande poupança! :)
No dia seguinte, de manhã, telefonaram-me da Pastelaria Suíça. Tinham encontrado a bolsa na casa-de-banho dos homens. Sem dinheiro, mas com os cartões. Mais uma vez se cumpriu o que me tinham dito uma vez na polícia: se tiver dinheiro é natural que apareça; se não tiver, o ladrão fica furioso e escavaca a carteira.
Em maio, comprei as obras de Junqueiro na Feira do Livro.

4 comentários:

João Menéres disse...

Ene meses para comprar com outro dinheiro !...
Não é meu costume adiar compras...

APS disse...

Não se pode dizer que seja uma história com final feliz. Como não foi o final da Livraria Portugal.

Isabel disse...

Eu não teria resistido a comprar logo os livros.

Ficaria com a carteira arruinada,porque o ladrão não ia encontrar dinheiro.

MR disse...

No meio do azar, até tive sorte: reavi a minha carteira e os cartões. Só pensar em que tinha de ir fazer o BI, etc., etc., etc.