


À procura de outro pintor, deparei-me com Émilienne Delacroix, que desconhecia por completo, e cuja vida vale a pena ser evocada: costureira de profissão, instala-se aos 37 anos em Saint-Paul-de-Vence, em 1930. Vive do seu ofício durante os anos seguintes, até que em 1947 decide experimentar a pintura depois de ter visitado uma exposição, e desde então nunca mais larga as telas e as tintas até à sua morte. Completamente autodidacta, experimenta cores e materiais na sua mesa de cozinha, e começa por temas simples: flores e paisagens da região.
Os seus quadros chamam a atenção de artistas já consagrados como Picasso, que se torna seu amigo, o mesmo acontecendo com Chagall e Braque. Mais tarde virão as amizades e as influências de Eluard, Gide, Cocteau, Léger, Montand e Prévert, que se reflectem na sua obra, tendo desenhado quase todas as capas dos livros de Prévert.
1 comentário:
Pois é, as capas dos livros de Prévert tinham uma espécie de bordado.
Enviar um comentário