Giotto (c. 1267 – 1337), Dante Alighieri, na capela do palácio Bargello, Florença

Luca Signorelli, (c. 1445 – 1523) Dante Alighieri, detalhe "affresco della cappella di San Brizio, Duomo, Orvieto".

(...)
«Aqui convém que a gente use alguma arte»,
começou o meu guia, «ao encostar-se
aqui e ali, ao lado que se aparte».
E isto fez nossos passos retardar-se
e, tanto que, antes o minguar da lua
o seu leito alcançou por aninhar-se,
que a saída da fenda se conclua:
mas quando fomos no ar livre libertos,
lá o monte unido atrás recua,
eu já cansado e nós os dois incertos
da nossa via, fomos ter um plano
mais só do que as estradas por desertos.
Dante Alighieri, A Divina Comédia, Lisboa: Bertrand, 2006, p.217 (Trad. Vasco Graça Moura, O Purgatório: 33 desenhos de Júlio Pomar e 10 retratos de Dante)
Sem comentários:
Enviar um comentário