Prosimetron

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segunda-feira, 23 de março de 2020

Leituras na quarentena - 9

Seguindo o desafio proposto por MR, aqui ficam as minhas últimas leituras:

As Viagens tinha começado antes da quarentena e terminei-o já na quarentena. Gostei.

«De acordo com a Psicologia da Viagem, a ilha representa o estádio primordial e mais primitivo do processo de socialozação, em que o ego já se encontrava suficientemente individualizado para alcançar um certo nível  de autoconsciência, mas ainda não era capaz de estabelecer relações plenas e satisfatórias com o meio envolvente.»  p.87


Cavalo de Ferro, 2019

Em plena quarentena, a leitura deste livro foi um acaso: porque não ler um discurso racional sobre o Cristianismo? O autor relaciona a Física com a religão. Usa linguagem científica mas consegue simplificar para  pessoas leigas como eu (embora por vezes seja duro).

«(...) a visão cristã do mundo foi responsável pelo nascimento e crescimento  da ciência moderna, poderá esta sobreviver se desaparecer a crença no Cristianismo? O ateísmo substiuiu  nas últimas décadas o Cristianismo como primeira crença no meio de investigação universitária  americano, pelo que não tardaremos a saber. No seu discurso inaugural de 1937 como presidente da Universidade de Yale, Charles Seymour afirmou: «Apelo a todos os membros da faculdade, enquanto membros de um corpo pensante, para reconhecerem em liberdade a tremenda validade  e poder de Cristo na nossa luta  de vida e morte contra as forças do materialismo egoísta.» (...) ». p.151

Bizâncio, 2007, 
(Revisão científica de José Félix Costa , Departamento de Matemática, IST)

D. Duarte ando a ler em paralelo com outro livro que um prosimetronista também está a ler (Mais que mil Imagens). 
Estou a conhecer uma faceta de D. Duarte para mim nova. Gosto da forma como o historiador Luís Miguel Duarte o analisa.  Não estava habituada à sua escrita, a uma análise pessoal mas fundamentada. E claro, a partir do silêncio das fontes nada mais se pode dizer. 

«Bibliotecas de mão
O que tinham estes homens na sua biblioteca? Comecemos pelo que não tinham: «manuais escolares, instrumentos para aprender gramática latina, por exemplo, e auxiliares de leitura. (Nascimento, 1993. p 269) É que estas duas colecções de livros, a de Duarte e a de Fernando, eram aquilo a que podemos chamar "livraria de mão" para utilização imediata e muito pessoal dos seus proprietários, seriam provavelmente completadas por outras, gerais, onde essas obras de referência e esses instruments de trabalho e de estudo seriam disponibilizados. (...) D. Duarte herdou livros do pai ... » p. 203


Círculo dos Leitores, 2005

Boas leituras!

3 comentários:

Isabel disse...

Já comprei as Viagens para oferecer, mas para mim acho que não o comprei. Digo ACHO, porque sei que comprei mais do que um para oferecer e fiquei hesitante se o trazia também para mim ou se o comprava depois (para não gastar tanto dinheiro), e como tenho tudo tão amontoado, não tenho a certeza se o comprei:(
Preciso ver nos montes que tenho.

Enfim...

Beijinhos e boas leituras:))

LUIS BARATA disse...

Era para já ter respondido ao repto da nossa M.R. mas esqueci-me. Amanhã sem falta.

MR disse...

Não li nada da Olga Tokarczuk, mas hei de ler.
Boas leituras!