«Convenci os meus pais de que estavam reunidas as condições para poder partir e lá ficar [em Paris], pois amealhara o dinheiro ganho no emprego na fábrica de camisas, de que me despedi - para desgosto do senhor Costa -, mais o do meu trabalho com a equipa de televisão [francesa] e o da venda de uma coleção de moedas. Separei-me desta última com alguma pena, pois dera-me gozo reuni-la, mas sobretudo identificá-las e classificá-las consultando, durante tardes calmas e arrastadas, os livros a que, com uma certa relutância, dada a minha pouca idade, me davam acesso na Biblioteca Braamcamp Freire.»
Fernando Pereira Marques - A arte de ser português. Lisboa: Tinta da China, 2025, p. 73.

4 comentários:
O prazer dos livros...
Não resisto a contar o que se passou hoje por aqui. 😊
Ainda não tinha aberto a porta, e já estava um jovem leitor e apaixonado por livros, à espera de poder entrar e ir decidido pegar no "tesouro" que na terça-feira passada tinha estado deliciado a folhear; um Dictionnaire Politique, de 1843.
Dirigiu-se a mim com um "brilhozinho nos olhos" e com o seu tesouro nos braços.
Era para levar!
Penso que terá uns 9 ou 10 anos e era da Roménia. Vinha com os pais e estuda num colégio francês.
A felicidade estampada no rosto desta criança, é o garante do futuro dos livros! 👏📚
Precoce o miúdo. Um Dictionnaire politique, de 1843, deve ser mesmo precioso. Eu gosto de dicionários e de obras de referência.
O que ele vai descobrir no dicionário provavelmente vai levá-lo de volta à livraria para novas compras e achados.
Bom dia!
Gostava que voltasse, mas como vive na Roménia... Talvez numas futuras férias.
Bom dia!
Pensei que era um romeno que vivesse no Porto.
Bom dia!
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