Prosimetron

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sábado, 10 de maio de 2008

KARLHEINZ BÖHM - AO SERVIÇO DA HUMANIDADE




A geração cinéfila dos anos 5o recordar-se-á deste actor no papel do Imperador Francisco José I ao lado da inesquecível Romy Schneider na trilogia “Sissi”. No entanto, a vida desta personalidade não se resume apenas ao mundo do cinema. Pelo contrário, desde 1981, mudou radicalmente de rumo …
Böhm fez 80 anos no dia 16 de Março deste ano. Já passaram quase dois meses, ainda assim, vale a pena assinalar este aniversário.

Fillho (único) de um dos mais importantes maestros do século XX, Karl Böhm, e da soprano Thea Linhard, inicia, no final dos anos quarenta, a sua actividade como actor no conceituado Burgtheater de Viena e, mais tarde, no Theater in der Josefstadt. Seguem-se os primeiros êxitos no cinema alemão e austríaco.


O ano de 1955 é determinante na sua vida e carreira: nasce a primeira filha que se chama “Sissi” – não em homenagem à imperatriz como seria de esperar, mas sim em homenagem ao seu primeiro (e platónico) amor de juventude. O pai reabre com um magnífico “Fidelio” a Ópera Estatal de Viena (Wiener Staatsoper), destruída durante a segunda guerra mundial. E claro – o realizador Ernst Marischka oferece-lhe o papel de Franz Joseph I para a sua trilogia sobre a vida da Imperatriz Elisabeth “Sissi” (1955 – 1957).




Os filmes tornam-se um enorme sucesso em toda a Europa. Karlheinz e Romy, habitualmente acompanhada por sua mãe Magda, rapidamente ascendem ao estatuto de ídolos. São recebidos por altas individualidades da época, entre elas o rei Paulo da Grécia juntamente com sua filha Sofia ou a Begum Aga Khan. A popularidade toma, por vezes, contornos absurdos: no avião que os leva a Madrid à estreia de “Sissi”, encontra-se, por acaso, um passageiro chamado Otto von Habsburg, cujo bisavô Karlheinz representara em filme. Uma grande multidão aguarda o avião no aeroporto. Romy e Karlheinz comovem-se com o entusiasmo que a Espanha franquista aparentemente manifesta em honra de um imperador sem império. Passados alguns minutos, von Habsburg desaparece despercebido pela enchente de admiradores que, na sua euforia, quase esmagam Romy e Karlheinz.




“Após a trilogia, poderia ter interpretado centenas de imperadores, reis e príncipes herdeiros. Recusei estas propostas”, diz Böhm na sua autobiografia recente “Suchen – Werden - Finden”. Mas ao contrário de Romy que sofreu com o cliché de Sissi durante toda a sua vida, Böhm afirma “ter feito as pazes com Sissi”.

A tentativa de fugir à “imagem de um porquinho de maçapão que impedia qualquer evolução” (entrevista à Cosmopolitan) falha. As experiências em Hollywood não resultam. Durante doze anos, não recebe uma única proposta de realizadores alemães, até que Rainer Werner Fassbinder, enfant terrible do cinema alemão da década de 70, o descobre para três películas: Effi Briest (1972-1974), Faustrecht der Freiheit (O direito do mais forte à liberdade, 1974) e Mutter Küsters Fahrt zum Himmel (A mãe Küster vai para o Céu, 1975).


A vida de Karlheinz Böhm muda radicalmente em Maio de 1981, quando, num concurso de televisão alemão, perde uma aposta e se compromete a angariar fundos para a população faminta na Etiópia. Encontra então o sentido e a missão da sua vida: cria a organização humanitária "Menschen für Menschen" para ajudar os etíopes e combater a pobreza e injustiça. Ao lado da sua mulher Almaz (etíope), desempenha assim o seu papel mais notável de toda a sua carreira e vida.

3 comentários:

marta disse...

estou muito feliz em participar com voçês, amo Karlheinz Bohn,gostaria de conhece~lo pessoalmenete é possivél? sou adimiradora de seu trabalho .Que Deus o abençõe.

marta disse...

estou muito feliz em participar com voçês, amo Karlheinz Bohn,gostaria de conhece~lo pessoalmenete é possivél? sou adimiradora de seu trabalho .Que Deus o abençõe.

Anónimo disse...

ator inesquecível maravilhoso uma pessoa de um coração de ouro fantástico, lindíssimo. humanitário. Jesus te proteja.