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segunda-feira, 17 de março de 2014

Números

280

Os falsos advogados apanhados em 2013. Li a matéria, e embora não sendo o tema novidade para mim não deixei de admirar a " lata ", por exemplo, da Dra.Sónia Santos, advogada de Vítor Baía e administradora da respectiva Fundação desde 2006, e que só foi travada pelo Tribunal de Instrução Criminal em 2009 e condenada finalmente em 2012; ou da Dra.Maria Tavares, que representou o Sindicato dos Transportes Rodoviários do Porto até 2006 sem nunca ter terminado o estágio de advocacia e embora tenha exercido ilegalmente a profissão durante 10 anos... Ou ainda uma outra senhora em Coimbra, licenciada em Direito, mas sem nunca ter sequer iniciado estágio e que até antecedentes criminais tinha...

9 comentários:

MR disse...

Madre mia!...

hmj disse...

Para LB:
e não haverá "casos duvidosos" nos juízes como em qualquer classe profissional ?

LUIS BARATA disse...

hmj : Não há, nem pode haver como vou explicar, casos parecidos nas magistraturas. Desde logo, porque tudo é público : os concursos de acesso, as classificações, as colocações, as posses. Tudo é publicado no Diário da República e nos sites competentes. Nunca ouvi falar num juiz que tenha feito julgamentos e outros actos sem ser mesmo juiz. O que já aconteceu foi pessoas fazerem-se passar por juízes sem o serem para extorquir dinheiro ou outras vantagens, e foram casos denunciados e punidos. Quanto aos advogados, a verdade é que basta afixar uma tabuleta e abrir um escritório, sendo raro alguém pedir a um advogado que mostre a respectiva cédula profissional...

Miss Tolstoi disse...

Com os exemplos que dá, o melhor mesmo é pedir a cédula profissional a um advogado ou a um médico, mas também podem apresentar-nos uma cédula falsa.

hmj disse...

Para LB:
agradeço a explicação. A minha memória não dá para fixar muitas datas, mas, certamente, se lembrará de umas "célebres provas" para o ingresso no Centro de Estudos Judiciários (?), com irregularidades, de que nunca mais se ouviu falar ???
Para mais, temos casos recentes em que, nos "concursos públicos", não se escolheram o mais bem classificado. E já agora, o que me parece que a publicação em Diário da República não corresponde, pois, a um "Atestado de limpeza de sangue" de cidadania.

hmj disse...

Para LB:
onde se lê: escolheram, deve ler-se escolheu

LUIS BARATA disse...

hmj : o meu post era, de acordo aliás com uma notícia de jornal, sobre falsos advogados. Ou seja, pessoas que exerciam essa profissão sem a necessária habilitação. Perguntou-me depois sobre juízes, e eu volto a dizer que o escrutínio público nesta profissão é mais rigoroso porque tudo é mais verificável porque existem listas de antiguidade que são públicas, idem para as posses, etc. As irregularidades que menciona nada têm a ver com ser " falso juiz ", apenas tinham a ver com provas de acesso à profissão. Lamentável, mas só isso.
Quanto ao Diário da República, não torna ninguém de " sangue limpo " mas até prova em contrário se lá estiver publicada a colocação um juiz, ou de um inspector da ASAE, ou de um Procurador da República eu acredito que tal pessoa tem mesmo essa qualidade. Não podemos é pôr tudo no mesmo saco...

hmj disse...

Para LB:
se calhar, está a confundir aptidão para o exercício do cargo com qualidade. O meu reparo, relativamente a diversas classes profissionais, inclusivamente de juízes, relacionava-se mais com a competência. O resto são "casos de polícia".

LUIS BARATA disse...

hmj : mas isso é uma questão completamente diferente. Uma coisa são os falsos profissionais de qualquer coisa, e é sobre isso a notícia que deu origem a este meu post, outra coisa é a competência de quem exerce uma profissão.
No que respeita à competência, obviamente que haverá bons ( no sentido de competentes ) juízes como maus juízes, como bons professores e maus professores, bons médicos e maus médicos, bons polícias e maus polícias etc etc. E bons advogados e maus advogados para voltar ao post :)