Prosimetron

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quinta-feira, 3 de julho de 2014

Frases assassinas.

Sob o título: Sophia vai hoje para o Panteão Nacional o Diário de Notícias cita:
Em declarações ao DN, Maria Andresen, filha da poeta disse: "Não sei se é boa ideia a trasladação porque não sei que futuro terá o Panteão... se é para irem para lá futebolistas. Só no futuro se poderá ter a certeza se foi ou não uma boa decisão" (2.07.2014, p. 42).
Só me veio: "morra Maria, morra, Pim! Maria não tem dois neurónios na cabeça e deve cheirar mal da boca, Pum!

11 comentários:

APS disse...

Embora já o tenha referido no sítio do costume, aqui vai de novo e de outro modo: esta sobranceria só se entende a um certo nível de aristocratismo, ou vinda de alguém (Maria Andresen) que, para nome público, deixou cair o apelido ruano Tavares (do pai)...

MR disse...

Só vou dizer duas palavrinhas porque se me alongo, teria de ser numa linguagem bastante ordinária.
Acho que incomodará bastante mais a Sophia a companhia de Carmona do que a de Eusébio.
Em relação ao comentário anterior, esta atitude não tem nada a ver com aristocratismo, mas com maluquice.

MR disse...

Carmona que ontem era apresentado, numa estação de tv (SIC?), como uma figura da cultura portuguesa.

LUIS BARATA disse...

Infeliz a frase da filha de Sophia, ainda para mais porque até tem dois neurónios.

Quanto ao comentário de APS, tenho de esclarecer que a senhora em causa não deixou cair apelido nenhum: toda a vida assinou e é conhecida na faculdade como Maria Andresen de Sousa Tavares. Aliás, os Sousa Tavares do Francisco, marido de Sophia, são tão ou mais aristocráticos que os Mello Breyner.

APS disse...

Meu caro LB, temos que entender as metáforas: sempre que vem a público, o nome da excelsa senhora vem referido como - Maria Andresen; e até porque F. Sousa Tavares também era de sangue limpo e azul...e não ruano.

LUIS BARATA disse...

Meu caro APS : E a senhora tem culpa de ser assim referida? Se os jornalistas não têm qualquer pudor em escolher os títulos das notícias, dar destaque às frases mais sensacionalistas, quanto mais respeitar ou perguntar ao visado/entrevistado quais os apelidos porque deseja ser citado. Eu ainda consigo ter neurónios para entender algumas metáforas, mas " deixar cair " neste contexto não me pareceu muito metafórico :). Esta filha Maria participou no documentário ontem transmitido pela RTP Memória, e não vi nela qualquer sobranceria relativamente às origens familiares, antes falando das recorrentes faltas de dinheiro, especialmente quando o pai esteve preso ou quando foi expulso da função pública depois da campanha Delgado e os filhos chegaram a ser " distribuídos " pelos familiares endinheirados.

Jad disse...

Almada disse o mesmo de Júlio Dantas que também tinha neurónios... Nada tenho de pessoa contra a família. Gosto da Sofia e do Francisco e tenho respeito pelo seu passado. Quanto a Maria, por culpa exclusivamente minha, ainda não tenho opinião... mas a culpa é minha, repito.
O Panteão deveria ter uma reserva de 50 anos. Se ao fim desse tempo a obra ainda fosse respeitada.... (não digo lida e publicada, porque o Panteão não é só para intelectuais. É para oa que a Pátria ama e respeita.

Jad disse...

Pessoa=pessoal

APS disse...

Meu caro LB, não vi o documentário na RTP2, que refere, mas do restante eu sabia.
Mas vou tentar precisar linearmente, sem ironia nem metáforas, 3 pontos para uma melhor clarificação dos meus pontos de vista:
1. Sei por prática própria, e até profissional, que conseguimos fazer impor o(s) nosso(s) apelido(s)preferido(s)- se o quisermos. É evidente que "Andresen" é mais deslumbrante para o populacho, do que o banal "Tavares" (imagine-se "Maria Tavares", que até parece nome de fadista).
2. As nossas discrepâncias radicam, fundamentalmente, de duas perspectivas diferentes de ver o mundo e os seres humanos. Para mim , as pessoas valem o que fazem e não de onde vem. À partida, é uma visão justa e, até se quisermos, cistã: somos iguais, aquando do nascimento.
3. Quanto ao Panteão, há que sabermos o que queremos dele. Transversal (povo, incluso), como depositório de nobres exemplos, memória e valor colectivo. Ou Museu de despojos, onde apenas a elite se revê e encontra, porventura, familiares.
Em qualquer dos casos, tempo, distância e frieza racional, são factores indispensáveis, numa perspectiva de quarentena saudável.

"Sans rancune",
APS

LUIS BARATA disse...

Meu caro APS : 1 - Admito que sim, que seja mais " impactante " o apelido Andresen, mas não tenho elementos que me permitam ajuizar sobre a quem imputar a escolha do apelido no caso concreto.
2 - Olhe que não, olhe que não :). Eu acredito no mérito, na meritocracia, mas isso não me faz descartar o que " está para trás ".
3 - O uso do Panteão é outra conversa, que está só muito indirectamente ligada à frase que justificou este post. Podemos discuti-lo, e desde já digo a minha opinião : os panteoes não podem ser tão inclusivos que banalizem , e quanto à " quarentena " não deverá esta ser também demasiado longa. Não sei qual o período razoável : 10 anos, 20 anos ? O que me parece é que Sophia está lá bem.

APS disse...

Só para rematar e, se não se quiser dar ao trabalho de ver, no sítio do costume, o poste "Politicamente incorrecto" (de 277/14), eu repito por outras palavras: Sophia está lá bem, relativamente. Como estariam bem, relativamente, Jorge de Sena e Eugénio de Andrade, e para alargar os horizontes, Egas Moniz, a quem o Estado Novo chamava "o meio prémio Nobel" para depreciar o seu mérito.
Como somos um país pequenino, ter padrinhos grandes sempre ajuda um pouco.