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Acaba de aparecer nas livrarias, da Porto Editora, o romance-biografia histórica "O grande Jacques Coeur", do escritor Jean- Christophe Rufin, numa belíssima tradução de Isabel St.Aubyn. Este, sim, dá gosto ler.
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Jacques Coeur |
Com uma escrita de uma grande beleza estilística, com um rigor histórico só "traído" pela necessidade de vincar a origem modesta do biografado para mais exaltar os cumes a que o seu engenho o levou numa França do séc. XV, onde ainda era a nobreza feudal que se impunha e onde a burguesia mal começava a ter algum relevo social e político, o académico, médico, diplomata, fundador dos Médicos sem fronteiras, político episodicamente e escritor, Prémio Goncourt em 1997 e 2001, Cavaleiro das Artes e das Letras e oficial e cavaleiro da Legião de Honra, Doutor Honoris Causa pelas Universidades de Lovaina e Laval (Quebeque), traça a biografia obviamente romanceada, de uma personagem extraordinária, nascida em Bourges em 1400, de origem modesta que chega a ser nobilitada por Carlos VII, o fraco rei que ficou a dever o seu trono a Joana d'Arc, que foi riquíssimo a ponto de mandar construir um imponente palácio e moedeiro do rei, conviveu com soberanos, príncipes, nobres e o Papa e a quem a reunificação, do ponto de vista financeiro, da França dividida entre o "o Rei de Bourges" e o rei invasor de Inglaterra tanto ficou a dever - Jacques Coeur.
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Palácio de Jacques Coeur, em Bourges |
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Brasão de Jacques Coeur |
Que diferença com a biografia ficcionada de Madre Paula, de que aqui falei há uns dias! Não é escritor quem quer, mas quem sabe escrever bem e escritor de romances históricos quem sabe História o suficiente para não cometer erros e fazer gaffes.
2 comentários:
Interessante. Vou anotar.
Boa noite!:))
Tb vou colocá-lo na minha lista. Obrigada!
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