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quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Veneza


«Veneza, 2 de janeiro de 1938 – Ora até que enfim, Veneza! Mas esta velha namorada está gasta. Não há corpo de mulher que resista às noitadas de vinte gerações.» 
Miguel Torga – Diário. 2.ª ed. Coimbra, 1942, vil. 1, p. 55

4 comentários:

Rui Luís Lima disse...

Veneza faz parte do meu imaginário, nascido dos filmes e dos livros, mas depois vejo as multidões de turistas e fico assustado, porém ao ler o "Dicionário Amoroso de Veneza" de Sollers, apaixono-me novamente pela cidade, mas como diz Torga a cidade ainda resiste, mas por quanto tempo?
Bom tarde!

MR disse...

Um dia talvez volte a Veneza. Quando for a Trieste. Não fiquei muito encantada com a cidade. O tempo estava horrível, uma espécie de clima tropical...
Se um dia lá voltar lerei antes o livro de Sollers.
Boa tarde!

bea disse...

Veneza, enquanto é dos venezianos, antes e depois das hordas diárias de turistas, é uma cidade linda e única. Ao invés de Torga reconheço na Itália a patine da idade e valorizo. E em Veneza ela faz-se ainda mais antiga e mais bonita. Mas, com Torga, digo que está a afundar e a criar rugosidade desnecessária. E sinto imensa pena. Veneza é arte por qualquer canto; os seus edifícios, pontes, paisagens, praças, têm valor inestimável.

MR disse...

Estive em Veneza em jul. 1989, no ano em que um presidente da câmara autorizou um concerto dos Pink Floyd na Praça de S. Marcos e a praça afundou mais um pouco com a loucura que esse concerto foi. Não assisti (estava lá perto), mas li as polémicas nos jornais e no dia seguinte, esse autarca demitiu-se.
Eu adoro Itália, mas Veneza não me tocou como outras cidades italianas. Coisas (inexplicáveis) da vida.
Bom dia!