A 6 de outubro de 1999, dia da morte de Amália Rodrigues, o escritor José Saramago levantou o véu sobre as frequentes ajudas monetárias que Amália tinha dado aos presos políticos. A única démarche que eu lhe conhecia foi para libertar Alain Oulman quando este esteve preso, no que foi bem sucedida. Alain Oulman foi libertado e enviado para o exílio.
Muitos artigos desta revista dão-nos a conhecer essas histórias 'secretas'. Espantoso é que, a seguir ao 25 de Abril, quando ela foi atacadíssima pelas suas relações com a ditadura - ou talvez melhor: pelo aproveitamento que o regime fez dela -, a única pessoa que a defendeu foi Manuel Alegre.
Revelações para mim muitos interessantes e que me fazem olhar para esta mulher de um modo diferente.
5 comentários:
Não sei por que razão eu que não gosto de fado sempre gostei bastante de ouvir a D. Amália. Quando era estudante ela foi um dia à cidade onde estudava, para um filme. Estava sentada numa charrete, tinha uma manta alentejana nos joelhos, cabelo bastante curto e fumava sem parar no intervalo das filmagens; tiravam-lhe o cigarro para filmar e voltavam a dar-lho mal interrompiam. Juntou-se imensa gente a olhar o aparato, mas sobretudo a observar Amália. Ela parecia nem atentar nas pessoas. A dada altura um velhote gritou-lhe, "Olá D. Amália" e ela respondeu numa voz até triste, "que se há-de fazer, é a minha sina, cada um é para o que nasce". E nem me pareceu que estivesse respondendo ao velhote.
Eu também não sou amante de fado, mas gosto de alguns fadistas. Gosto muito da Amália, principalmente a partir da colaboração dela com o Alain Oulman.
Boa tarde!
MR,
Fiquei curiosa e interessada, pelo que hoje, já fui à procura da revista para ler!
Obrigada pela informação!
Bom dia!
Já agora...
Gosto muito do Fado de Coimbra; o qual sou capaz de passar horas a ouvir. Do outro (Lisboa),apenas de alguns...
Cláudia,
Espero que goste da revista.
Também gosto de fado de Coimbra: Zeca, Luís Góis... E muito bons guitarristas.
Bom fim de semana!
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