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sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Vigília da Capela do Rato: 50 anos


«No dia 30 de dezembro de 1972, um grupo de católicos, a que se associariam não católicos, organiza uma vigília de 48 horas, na Capela do Rato, em Lisboa, para meditar sobre a paz e sobre a situação vivida nas guerras coloniais. 
«No dia seguinte, os participantes aprovam uma moção repudiando a política do Governo de “prosseguir uma guerra criminosa com a qual tenta aniquilar movimentos de libertação das colónias” e denunciando a “cumplicidade da hierarquia da Igreja Católica face a esta guerra”. 
«Ao final do dia, a vigília é interrompida pelas forças policiais e os participantes [eram 120 os que se encontravam dentro da capela nesse momento] são conduzidos à esquadra local, sendo que 14 permaneceriam detidos durante duas semanas na prisão de Caxias. Os funcionários públicos presentes seriam alvo de processos de demissão, conforme decidido em Conselho de Ministros.»
Ler mais aqui.

Entretanto, fui ver a exposição de quatro painéis que se encontra na Igreja de São Domingos até final de janeiro de 2023. É acompanhada de uns vídeos com declarações de participantes nas duas vigílias, vídeos que bem poderiam estar acessíveis no YouTube ou noutra plataforma.


2 comentários:

bea disse...

Gosto imenso de Francisco Fanhais e desta canção. O poema lembra-me sempre outro Francisco que penso o terá inspirado.

MR disse...

O Fanhais cantou a «Cantata» na vigília da Igreja de Sâo domingos. Na capela do Rato, soube ontem que cantou o José Afonso.
Talvez tenha razão, Bea.
Bom Ano Novo!