Prosimetron

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domingo, 25 de junho de 2023

Jardins - 54

Nós por cá temos o pátio Bagatela; em Paris há o parque de Bagatelle, que fica no 16.º bairro. Desconhecia, mas já tomei nota.

Foto Sophie Robichon / Ville de Paris

No início do século XVIII, o marechal de Estrées decide transformar a antiga casa de guarda das caças reais do bosque de Bolonha é transformada em 'pavilhão de prazeres'. Local de festas durante o reinado de Luís XV, Bagatelle rapidamente se tornou um lugar de deboche e uma referência em matéria de libertinagem. As pessoas da corte e o próprio Luís XV abrigam  neste esconderijo discreto os seus amores. Com o passar dos anos, o pavilhão deteriorou-se. 
Foi o conde de Artois, irmão de Luís XVI e futuro rei Carlos X, que, em 1775, adquiriu este palacete e jardim em péssimo estado. Então, Maria Antonieta, a cunhada do conde de Artois, lança-lhe o desafio de renovar a propriedade em 100 dias. Desafio aceite! E a propriedade é renovada em 64 dias, passando o palacete a ser conhecido como «a loucura de Artois». Novecentos operários trabalharam dia e noite para restituir a Bagatelle todo o seu esplendor. 
A propriedade conheceu depois vários proprietários, incluindo Sir Richard Wallace, conhecido pelas fontes parisienses do mesmo nome. Em 1905, a prefeitura de Paris comprou a propriedade e confiou sua reabilitação ao conservador dos jardins de Paris, Jean-Claude-Nicolas Forestier, que se dedica a transformar Bagatelle num jardim romântico com coleções botânicas, sem destruir a harmonia das instalações anteriores. 

Foto Sophie Robichon / Ville de Paris

Este parque é um dos quatro locais do Jardim Botânico de Paris. 
O parque de Bagatelle é pontuado por pequenos jardins que agrupam as flores por espécies. 

Foto  Guillaume Bontemps / Ville de Paris

Mas o que o torna internacionalmente famoso é o seu roseiral excepcional com mais de 1200 variedades de rosas. É um dos jardins de rosas mais importantes e mais antigos da França. Foi inaugurado em 1907, com mais de 1500 espécies e variedades oferecidas por Jules Gravereaux, colecionador e criador de outro famoso roseiral, o de L'Haÿ-les-Roses.

Foto Sophie Robichon / Ville de Paris


8 comentários:

APS disse...

Poste muito interessante de um jardim e local que eu não conhecia...
Bom Domingo!

MR disse...

Também não conheço. Tive conhecimento deste local há dias através da newsletter da Câmara de Paris.
Bom domingo!

Margarida Elias disse...

Deve ser bem bonito. Bom Domingo!

Maria disse...

Que maravilha!
Gostei de saber que a ideia para a criação do parque foi de Maria Antonieta.
Um jardim imperdível numa ida a Paris.
Bom dia!
🌷🦚

Justa disse...

¡Qué pena que no se pueda transmitir el aroma! Quizá todo llegará.

Apertas de domingo.

Pini disse...

Una maravilla. Bien que me gustaría darme una vuelta por él y conocer todas sus especies botánicas.
Bom domingo

bea disse...

Um jardim tão bonito; desgostei foi da água estagnada, apesar do desenho interessante dos espaços aquosos e do que significam no jardim.

MR disse...

Boa semana para todos.