A BnF «dedica uma grande exposição a Colette (1873-1954), figura essencial da literatura do século XX. Clássica ou moderna? Livre ou reprimida? Moralista ou amoral? Comprometida ou apolítica? Autêntica ou artista da "meia-verdade"? Romancista, jornalista, argumentista, publicitária, atriz? A mulher e as suas duplas literárias não param de questionar e fascinar.» (Do site.)
A exposição pode ser vista até 18 de janeiro de 2026.
A propósito da curiosíssima Exposição consagrada a COLETTE (Paris, "pólo" François MITTERRAND da BNF), uma Autora que alguns sectores franceses das Letras consideram digna de um maior reconhecimento institucional, considero oportuno sublinhar, mesmo de passagem, a relevância da cerimónia que, hoje, aconteceu no "Panthéon" Parisiense!
De facto, a partir de hoje repousa, na simbólica e honrosa "nécropole" da Capital gaulesa, um dos Cidadãos mais respeitados da Pátria de Voltaire. Falamos, obviamente, de Robert BADINTER (1928 - 2024), o principal nome envolvido no longo e conturbado processo de abolição total da pena de morte em França.
Com base nos princípios genuinamente democráticos e da ética universal, R. Badinter assumiu, no princípio dos anos 70, uma causa que viria a culminar no histórico dia 9 de Outubro de 1981, quando, na condição de Ministro da Justiça (do Governo "socialista" de F. Mitterrand), o corajoso advogado exerceu uma decisiva influência na aprovação da Lei n.º 81-908, emitida nessa mesma data, nos termos da qual a pena de morte foi definitivamente abolida em França.
Tenho, sobre a mesa do computador, uma preciosa edição (Fayard, 3003) do livro "L'Abolition", onde R. Badinter (que, curiosamente, foi casado com a influente ensaísta Élisabeth BADINTER...) recorda que foi no ano (1972) em que, apesar do empenho da defesa, não conseguiu salvar da guilhotina um condenado (Roger Bontems), que passou "da convicção intelectual à paixão militante" contra a pena capital.
Um aspecto curioso da notícia (que, naturalmente, mereceu especial destaque nos "media" digitais, como, entre outros, "La Croix") assenta, em parte, no facto de sugerir a visita, de interesse complementar, à Exposição "Robert Badinter, la justice au coeur", patente no "Panthéon".
Como nota final, julgo ainda de elementar justiça a intenção consensual (?!) de juntar, igualmente, neste "templo laico" o notável historiador e heróico resistente Marc BLOCH, por ocasião do próximo aniversário (16 de Junho de 2026) do seu assassinato pelos nazi-fascistas, lacaios de Hitler...
5 comentários:
Uma exposição que não me importava nada de ver.
Eu também gostaria de a ver.
Bom dia!
Estou sempre disponível para ver exposições, mas esta é um pouco fora de mão.
Boa noite para as duas.
A propósito da curiosíssima Exposição consagrada a COLETTE (Paris, "pólo" François MITTERRAND da BNF), uma Autora que alguns sectores franceses das Letras consideram digna de um maior reconhecimento institucional, considero oportuno sublinhar, mesmo de passagem, a relevância da cerimónia que, hoje, aconteceu no "Panthéon" Parisiense!
De facto, a partir de hoje repousa, na simbólica e honrosa "nécropole" da Capital gaulesa, um dos Cidadãos mais respeitados da Pátria de Voltaire. Falamos, obviamente, de Robert BADINTER (1928 - 2024), o principal nome envolvido no longo e conturbado processo de abolição total da pena de morte em França.
Com base nos princípios genuinamente democráticos e da ética universal, R. Badinter assumiu, no princípio dos anos 70, uma causa que viria a culminar no histórico dia 9 de Outubro de 1981, quando, na condição de Ministro da Justiça (do Governo "socialista" de F. Mitterrand), o corajoso advogado exerceu uma decisiva influência na aprovação da Lei n.º 81-908, emitida nessa mesma data, nos termos da qual a pena de morte foi definitivamente abolida em França.
Tenho, sobre a mesa do computador, uma preciosa edição (Fayard, 3003) do livro "L'Abolition", onde R. Badinter (que, curiosamente, foi casado com a influente ensaísta Élisabeth BADINTER...) recorda que foi no ano (1972) em que, apesar do empenho da defesa, não conseguiu salvar da guilhotina um condenado (Roger Bontems), que passou "da convicção intelectual à paixão militante" contra a pena capital.
Um aspecto curioso da notícia (que, naturalmente, mereceu especial destaque nos "media" digitais, como, entre outros, "La Croix") assenta, em parte, no facto de sugerir a visita, de interesse complementar, à Exposição "Robert Badinter, la justice au coeur", patente no "Panthéon".
Como nota final, julgo ainda de elementar justiça a intenção consensual (?!) de juntar, igualmente, neste "templo laico" o notável historiador e heróico resistente Marc BLOCH, por ocasião do próximo aniversário (16 de Junho de 2026) do seu assassinato pelos nazi-fascistas, lacaios de Hitler...
Boa Noite!
Era para ter feito uma referência a Robert Badinter, mas esqueci-me.
Bom dia!
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