O Fascismo não começou em 1925, dez anos antes já Mussolini tinha criado o
Partido Revolucionário Fascista , mas é em 1925 que Mussolini, 40º Primeiro Ministro de Itália desde 1922, abandona qualquer pretensão democrática e despacha os seus parceiros de coligação ( liberais, conservadores, social democratas ) , proclamando-se
IL DUCE.
10 comentários:
Scurati explica muito bem o que aconteceu no 2.º vol. da sua monumental biografia sobre este ditador. E como o populismo foi fundamental na ascensão deste homem.
Boa semana!
De HMJ, Lembrança vergonhosa !
El populismo siempre es peligroso, mientras haya tantos imbéciles dispuestos a seguir a estos iluminados, que empiezan prometiendo lo que la gente quiere oír y luego, hacen lo que les da la gana, apoyados por los más fieles de sus seguidores, pero ya no hay solución por culpa de tanto ingenuo.
La experiencia de la vida me ha enseñado a desconfiar de los que hablan muy bien, aunque a algunos me gusta escucharlos, pero de darle mi apoyo, va a ser que no.
Boa noite
Decorrido cerca de um século sobre as origens do fascismo italiano, não podemos esquecer as "lições" de alguns trágicos acontecimentos históricos. De registar, entre outros factos, a criação (1919) dos Grupos de Combate Fascistas; a fundação (1921) do Partido Nacional Fascista; a Marcha [Fascista] sobre Roma e a entrega do Governo a Benito MUSSOLINI (1922); e a efectiva consolidação (1925) do poder do criminoso ditador, implacável nas sucessivas perseguições aos corajosos e heróicos resistentes, como, por exemplo, António GRAMSCI...
Vem sempre a propósito relembrar que a primeira experiência fascista ocorreu numa Nação que saiu da 1.ª Guerra Mundial num contexto de grandes perdas humanas e de uma grave crise socioeconómica (desvalorização monetária, subida dos preços, aumento do desemprego, instabilidade laboral e "casos" de miséria generalizada), condições que levaram alguns sectores das classes dominantes (industriais e proprietários) a apoiarem o Partido Fascista do "Duce"!...
É (quase, quase) sempre o mesmo "fenómeno" sociopolítico! Nestas conjunturas dramáticas, as falsas soluções ditatoriais começam a ganhar simpatias, sobretudo, entre as classes mais elevadas (e, até, no seio de certas camadas, menos esclarecidas, do próprio Povo Trabalhador!), que reclamam a instauração de uma "autoridade" repressiva, mais ou menos efémera ou duradoura... Um NÃO (cada vez mais) convicto ao fascismo e ao neofascismo!!!...
Boa Noite!
O à-vontade com que as pessoas hoje emitem posições neo-fascistas, racistas e xenófobas assusta-me. E o silêncio da Igreja Católica é incompreensível.
Devemos ter sempre em mente o que Niemöller, um pastor luterano alemão que passou sete anos nas prisões nazis, escreveu em 1946: «Primeiro eles vieram buscar os socialistas, e eu fiquei calado — porque não era socialista. / Então, vieram buscar os sindicalistas, e eu fiquei calado — porque não era sindicalista. / Em seguida, vieram buscar os judeus, e eu fiquei calado — porque não era judeu. / Foi então que eles vieram buscar-me, e já não havia ninguém para me defender.»
Bom dia!
Ainda no seguimento da oportuna transcrição (parcial) deste belo poema de Martin NIEMÖLLER, pastor "protestante" anti-nazi, peço licença para, a propósito das ditaduras inspiradas no figura sinistra de MUSSOLINI (não subestimamos o especial significado das eleições italianas, nos anos vinte, através das quais, graças à violência e à fraude, os fascistas alcançaram a maioria absoluta no Parlamento, passando a controlar todo o poder, na Pátria de GARIBALDI e VERDI...), deixar aqui, comovidamente, apenas duas singelas e simbólicas palavras de respeito pela sagrada memória de A. GRAMSCI, vítima do terror mussoliniano:
"(...) Seul ce que l'on acquiert par soi-même a une valeur dans la lutte sociale et dans la vie intellectuelle"... [A. GRAMSCI, excerto de um artigo memorável, publicado no periódico "L'Ordine Nuovo", edição de 19 de Julho de 1919 (curiosamente, disponível numa conhecida Hemeroteca Digital...); citado por Émile CHANEL, "Pédagogie et Éducateurs Socialistes: Les hommes, les idées, les réalisations" (Cap. 9, "La pensée pédagogique d'Antonio Gramsci", pág. 273), Éditions du Centurion, 1975. (A versão portuguesa deste valioso ensaio, editado, em devido tempo, pelas Publ. Europa-América, encontra-se, claro está, esgotadíssima!)]
Muito GRATO PELA ATENÇÃO e Bom Dia!
Cumpriram-se no ano passado 100 anos sobre o assassinato de Giacomo Matteotti, o líder socialista que desafiou publicamente Mussolini e que pagou com a vida a denúncia dos crimes fascistas. Está hoje claramente provado que o assassínio de Matteotti foi perpetrado sob a ordem direta do Duce. O centenário foi assinalado em Itália com inúmeros eventos cívicos e uma vaga bibliográfica que recuperou a memória plena de Matteotti. Lamentavelmente, tudo isso decorreu num país governado pelos herdeiros diretos do fascismo, pontificando o Presidente do Senado, Ignazio La Russa, antigo membro do MSI.
Passou-me o centenário de Matteoti. Será que alguma editora port. irá traduzir uma boa biografia de Matteoti?
Bj.
Duvido muuuuiiiittttoooo... Bjs
Pois...
Boa noite!
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