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A Villa Garzoni, cuja edificação começou com o genial marquês Romano di Alessando Garzoni, arquitecto nas horas vagas, nas primeiras décadas do século XVII e só terminou por completo quase um século mais tarde e três gerações de marqueses depois, é efectivamente uma das jóias da Toscana, e as fotografias que coloquei supra não lhe fazem justiça ( vale a pena procurar mais na Internet ) , especialmente pelos seus jardins com lagos, escadarias monumentais, fontes, jogos-de-água, um labirinto, uma floresta de bambús, alamedas, grutas e 64 estátuas.
E, além do mais, a Villa está ainda ligada à história literária italiana: Carlo Lorenzi, o pai de Pinóquio, adoptou o pseudónimo de Collodi, localidade onde fica a Villa Garzoni, e terra da sua família materna, tendo acompanhado muitas vezes o seu avô que era o cozinheiro dos Garzoni.
O actual proprietário é o empresário italiano Fabrizio Bertola, que a comprou em 2003 encontrando-se a propriedade num verdadeiro estado de abandono que já durava há duas décadas. E Bertola recuperou-a completamente: foram restaurados os frescos e os tectos, reparados os muros, o pavilhão dos Guardas, a ponte suspensa que leva aos jardins, a orangerie, limpas as estátuas etc etc, com um custo total de 16 milhões de euros.
Bertola, que nunca viveu na propriedade, achando-a demasiado intimidante para as suas origens humildes, assume que quer ter lucro depois dos milhões que gastou, embora esteja disponível para a vender ao Estado italiano desde que o preço seja justo, ou seja não fique muito longe dos 25 milhões que está a pedir no mercado...
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