Prosimetron

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domingo, 22 de março de 2009

Defesa da poesia - 4


Mucha - Poesia

«A poesia tudo conduz para o belo: exalta a beleza do que é mais belo e acrescenta beleza à mais deformada das coisas; casa o júbilo e o horror, a pena e o prazer, o eterno e o mutável; submete à união, sob o seu brando jugo, todas as coisas irreconciliáveis. Transmuta tudo quanto toca: e todas as formas que se movem adentro do resplendor da sua presença se transformam, por maravilhosa simpatia, numa incarnação do espírito que dela emana; a sua secreta alquimia transforma em ouro potável as águas letais que da morte escorrem pela vida; desnuda o mundo do véu da familiaridade e revela a sua nua e adormecida beleza, que é o espírito das suas formas.»
Shelley
In: Defesa da poesia. Lisboa: Guimarães, 1986, p. 77

3 comentários:

LUIS BARATA disse...

Grande poeta, casado com uma grande mulher, filha de outra grande mulher.

Anónimo disse...

O Luís já falou no Prosimetron da Mary Shelley, não falou? Sei que era filha de William Godwin. Mas não sei quem era a mãe.
M.

Anónimo disse...

Entretanto fui ver e já sei que era fiha de uma das primeiras feministas, Mary Wollstonecraft.
Thanks!
M.