Prosimetron

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segunda-feira, 23 de março de 2009

Ilustradores - 2

João da Câmara Leme foi o rosto das Portugália Editora. Foi durante anos o seu capista e executou numerosas ilustrações para publicações dessa casa editora. Lembram-se da Biblioteca dos Rapazes e da Biblioteca das Raparigas?





Ilustração para «O príncipe querido», de Leprince de Beaumont
(in A bela e o monstro. Lisboa: Portugália, 1968)

8 comentários:

Anónimo disse...

Sim. Lembro-me da colecção para rapazes e raparigas. Ofereceram-me alguns e comprei uns quantos dos rapazes.
As ilustrações são giras.
A.R.

Miss Tolstoi disse...

Eu também. A colecção "Brigitte" da Berthe Bernage, que eu li com o mapa de Paris na mão. Conhecer Paris antes de lá ter ido.
Não me parece que as capas da "Brigitte" ("Brigitte solteira", "Brigitte casada", "Brigitte mamã", etc. etc., tudo muito reaccionário, graças a Deus!) fossem do Câmara Leme.
De resto li uma infinidade de livros de ambas as colecções.

Anónimo disse...

Poi é Miss Tolstoi, Berthe Nernage nasceu em 1886 e morreu em 1972... Queria que ela escrevesse com os "valores" feminin(istas)os de hoje? Não era reaccionária, palavra que serve para tudo do que se nos afigura antiquado, mas uma mulher comum da sua época. Há que ter cuidado com as classificações.

Anónimo disse...

Já agora também meto a minha colerada. Eu também li alguns livros da Brigitte e também acho que mesmo para a época eram reaccionarotes. E os livros da Anita, escritos anos mais tarde, transmitem exactamente os mesmos valores. E, surpreendentemente, continuam a vender-se.
M.

Anónimo disse...

Não sabia que Berthe Bernage tinha nascido há 2 séculos. Li também a Brigitte e não me fez mal nenhum...mas convenhamos que os livros eram muito estado novistas...
A.R.

Miss Tolstoi disse...

Como disse até gostei de ler a Berthe Bernage, por via do que fiquei a conhecer bastante bem Paris, viajava no mapa de Paris com grande destreza.
Mas dizer, como o Anónimo das 17:08, que os conceitos que transmitia não eram reaccionários, eram “antiquados”, era o entendimento da época, etc.… Ora, antiquado tem como sinónimo: antigo, desusado, envelhecido, obsoleto, etc. E Berthe Bernage não era portuguesa, era francesa, o que na época fazia toda a diferença. O pensamento dela era talvez mais retrógrado que o da Condessa de Ségur que morreu doze anos antes de Berthe Bernage ter nascido.
A mesma autora escreveu uns outros romances, cuja heroína era uma Isabel, mas destes li poucos. Já começava a fartar...

Anónimo disse...

Também li livros da Condessa de Ségur e eram engraçados, pelo menos foi o que achei quando os li (andava na escola primária).

Li também os livros da Anita. São inofensivos e trasnmitem uma moral correcta. Será errado? Não sei.Talvez não se adaptem aos dias de hoje, mas as crianças têm muito tempo para se adaptarem ao mundo em que vivem...
A.R.

Anónimo disse...

Só em jeito de rectificação: os livros da Anita, tanto quanto me lembro levavam a desenvolver a imaginação. Coloquei moral correcta mas não quero entrar em avaliações deste género. Direi só que têm subjacente uma moral.
A.R.