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Evidentemente, é a opinião dele, que vale o que vale, e neste particular vale pouco, mas ainda assim causou "ondas de choque ", até porque conhecendo-se o temperamento dele seria de admitir que banisse a obra-prima de Madame de La Fayette da esfera pública.
Ora, a verdade é que aconteceu precisamente o contrário do que se esperava: uns por antisarkozysmo começaram a comprar e a ler o livro, e outros por mera curiosidade fizeram-no também. E o resultado foi que as várias editoras que o publicam viram as vendas aumentar de forma surpreendente: um exemplo é o da Livre de Poche, cuja edição vemos acima, que de 6000 exemplares vendidos em 2007 passou para 20.000 em 2008...
Paralelamente, é hoje possível ver em Paris pins e autocolantes onde se lê Je lis La Princesse de Clèves.
Eu gosto bastante desta pequena obra-prima da literatura sentimental, porque a corte dos Valois é um período fascinante da história francesa, e sobretudo porque o francês do séc.XVII é magnífico ( pensem nas maravilhosas cartas da Sevigné por exemplo ) .
Dei por mim a pensar o que aconteceria se o nosso Cavaco Silva se pronunciasse declarando obsoletas as Viagens na minha terra...
2 comentários:
Acho que também vou reler a "Princesa de Clèves".
Quanto ao "nosso" Cavaco, aprece-me difícil que se pronunciasse sobre um livro que não deve ter lido - talvez a Maria lhe tenha feito um resumo.
Também não me parece que Sarkozy tenha lido o livro da Madame de La Fayette. Aqui há dias li uma notícia que referia que ele dantes passeava os livros na mão - devia dar-lhe "caché" - e que agora já lia qualquer coisinha... Mas daí à "Princesa de Clèves".
O Dr. Cavaco deve ter lido tanto esse livro como ouviu Mozart nas "várias" idas a Salzburgo e "várias" visitas à casa do compositor. E quanto a Sarkozy acho que chamar-lhe Presidente - Rei é ofender os presidentes e os reis
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