Prosimetron

Prosimetron

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A Trieste de Magris - 8

Umberto Saba, poeta e romancista italiano, pseudónimo de Umberto Poli, nasceu, em Trieste, a 9 de Março de 1883 e faleceu, em Gorizia, a 25 de Agosto de 1957.
Esta livraria abriu em 1914 e cinco anos mais tarde, Umberto Saba tomou conta dela. Em 1924, Carlo Cerne entrou como empregado para a livraria. Devido à publicação de leis raciais, Saba passou a propriedade da livraria, em 1938, para o seu leal Carletto. Tendo-a retomado em 1946, Carlo Cerne ficou como co-proprietário e, por morte de Saba, como único proprietário. A livraria continua na família Cerne.
Libreria antiquaria UMBERTO SABA
Via San Nicolò 30
Trieste


Estátua de Umbert Saba em Trieste.

PAIXÕES

São feitas de lágrimas e de sangue
e ainda de outras coisas. O coração
bate à esquerda.

Umberto Saba
In: Poesia / trad. de José Manuel de Vasconcelos. Lisboa: Assírio & Alvim, 2010

4 comentários:

APS disse...

Bonito poema!, e poste, na sequência a que MR nos tem habituado...

MR disse...

Graziè mille.
Esta série termina amanhã.

ana disse...

MR,
O poema é muito bonito. Bom dia e parabéns pela rubrica!

Miss Tolstoi disse...

Não conheço Trieste e estes posts têm-me aberto o apetite. :)

Gosto muito deste poema de Umberto Saba:

CONFINE
Parla a lungo con me la mia compagna
di cose tristi, gravi, che sul cuore
pesano come una pietra; viluppo
di mali inestricabile, che alcuna
mano, e la mia, non può sciogliere.
Un passero
della casa di faccia sulla gronda
posa un attimo, al sol brilla, ritorna
al cielo azzurro che gli è sopra.
O lui
tra i beati beato! Ha l'ali, ignora
la mia pena segreta, il mio dolore
d'uomo giunto a un confine: alla certezza
di non poter soccorrere chi s'ama.