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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Portugal e a cultura


"...Entretanto, o Teatro sofre, o público afasta-se (na estreia tínhamos a sala a menos de um terço), e os que vão ao engano engolem gato por lebre (ou palha, caso sejam vegetarianos). Somos pobres, há pouco dinheiro – mais uma razão para fazer as coisas bem feitas e não deitar dinheiro à rua. Um teatro nacional de ópera tem por missão (pedagógica) apurar cantores e educar o público – como fizeram José Duarte de Figueiredo, João de Freitas Branco, João Paes, José Ribeiro da Fonte, Paolo Pinamonti – e não nivelar por baixo, arrastando os cantores mais aproveitáveis e o dedicado pessoal do Teatro para uma mediocridade abjeta. Exagero? Julgo que não. Os critérios e padrões de avaliação são universais. Os portugueses, tão críticos em relação aos políticos – do deputado que não abre a boca ao Presidente – amolecem quando se chega às artes. Não exijo a lua – apenas um módico de qualidade! "

Jorge Calado na edição do Expresso deste fim de semana, sobre a estreia de “La Rondine” de Puccini, no Teatro Nacional de São Carlos a 17 de Maio

3 comentários:

Jad disse...

Eu fui ver este espetáculo e a grande maioria dos cantores não estava nada mal, antes pelo contrário. Aliás já vi espetáculos no S. Carlos, em épocas de vacas gordas, com cantores estrangeiros, muito maus.

ana disse...

Fui ver o Rigoletto ao São Carlos em 2008 e a sala estava cheia.
Recebi o programa do São Carlos mas não pude ir ver.

Anónimo disse...

Como é que alguém que não sabe uma nota de música, nunca cantou uma nota ou pisou um palco é tido e lido como critico de ópera? Só mesmo em Portugal é que o Calado consegue ter tempo de antena... Pobre espírito miserável...