Prosimetron

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quarta-feira, 4 de junho de 2014

Dia ( s ) histórico ( s )


Em Espanha, pois claro. E depois dos comentários ao meu primeiro post sobre a abdicação de D.Juan Carlos, sinto-me obrigado a dizer algo mais : Em primeiro lugar, não há nada em termos formais, jurídicos, que obrigue a um referendo sobre o regime. A Constituição de Espanha de 1978, referendada por quase 90% dos espanhóis, prevê a sucessão automática no trono, seja por morte ou como agora por abdicação. Há um herdeiro, conhecido desde sempre. Não podemos é exigir o respeito pelas constituições quando nos convém e o contrário quando não nos agrada ... Mas mesmo quem entenda que a vontade popular pode sobrepor-se em momentos como este, vi que apenas uns milhares ou umas dezenas de milhares de cidadãos andaram pelas ruas a exigir a república. Se fossem uns milhões, aí realmente havia um problema.
Quero eu dizer com isto que os que agora se manifestaram são os de sempre, aqueles que já contestavam a monarquia e queriam a república.
Por outro lado, não gostei nada de ver, como se constata na foto que está acima, as guilhotinas escolhidas por certas organizações que foram para as ruas para " ilustrar " as suas convicções. Só confirmaram o que penso há muito sobre muitos dos republicanos espanhóis, especialmente os da extrema esquerda : raivosos, ressabiados, invejosos. Em suma, perigosos.

P.S. - Não tenho o ainda Rei de Espanha como ser imaculado, tanto no plano oficial como pessoal, mas resumir 39 anos de reinado ao " caso dos elefantes " e às louras só por distracção histórica ou má vontade.
Até a D.Pilar ( Saramago ) foi mais sensata nas suas declarações...

5 comentários:

MR disse...

Luís,
Acha que aquilo que eu comentei foi aquilo que o Luís aqui disse? Juan Carlos até era mais ou menos consensual na sociedade espanhola (em relação ao herdeiro, veremos...) até aos escândalos. E nessa altura é que começaram a aparecer os casos das 'louras' (nem sei se são louras :)). Porque mesmo em relação aos seus casos amorosos, a imprensa nunca tinha falado até ao caso dos elefantes. Os casos amorosos do homem não me interessam nada - vêm desde sempre e toda a Espanha sabia deles -, a não ser no caso que Miss Tolstoi referiu.
E as relações entre ele e Mario Conde tb não interessam?
E já não falo dos cunhados.
E não vou comentar mais este assunto.
Bom dia!

LUIS BARATA disse...

M.R. , muito se poderia dizer sobre tantos políticos espanhóis, de esquerda como de direita. De Aznar a Alfonso Guerra, antigo número dois do PSOE. Mesmo alguns politicos catalães querem mais autonomia para melhor SE governarem. Eu também fico por aqui, não voltarei a este assunto até ao fim do mês e ao novo Rei :)

Filipe Vieira Nicolau disse...

Concordo contigo, Luís!

hmj disse...

Graças aos Deuses, e à pragmática do lugar de nascença, brincar aos Reis e às Rainhas fazia parte de uma idade própria de encantamento. Conhece quem diga que a falta de brinquedos, na devida altura, provoca alguns distúrbios posteriores.

LUIS BARATA disse...

Hmj : deve ser uma imensa falta de brinquedos na Noruega, Suécia, Bélgica, Reino Unido, Japão ou Tailândia que leva as pessoas a " brincar aos Reis e às Rainhas ". Enfim, cada um tem os seus distúrbios e, sobretudo, os seus preconceitos.