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segunda-feira, 9 de maio de 2016

Leituras no Metro - 239

Lisboa: INCM, 2016

Estou a terminar este Essencial sobre Montaigne. Clara Rocha faz-nos uma boa introdução à vida, obra e pensamento de Montaigne.
Numa entrevista ao JL (3 fev. 2016), Clara Rocha afirmou que «Para quem estuda a questão da literatura autobiográfica, Montaigne é um autor fundamental, porque muito cedo fez do conhecimento e da representação de si o projeto não apenas de um livro, mas de uma vida: "c’est moy que je peins", diz ele na nota preambular aos Essais. A aventura que lhe preencheu os dias durante cerca de 20 anos e que fez dele um dos grandes espíritos da cultura ocidental é, em parte, a da descoberta do próprio eu. E, através dele, da singularidade irredutível de cada ser. Tão instável e diversa, tão difícil de apreender que nunca se esgota no gesto de a explorar. Montaigne usa a imagem da água que foge por entre as mãos para falar da experiência da fixação do eu na escrita. Esta é uma questão que está no cerne de toda a literatura autobiográfica.»


Hei de voltar a este livro.

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