Prosimetron

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Conheço uma cidade que se assemelha...


«Interessava-me que a história pudesse fazer a ponte entre dois momentos separados por cerca de 30 anos, em Barcelona. Quis falar sobre as mudanças que se deram na cidade e na vida dos seus habitantes, durante esse intervalo de tempo. Barcelona era uma cidade triste, deprimida, praticamente desconhecida, e converteu-se entretanto num dos maiores destinos turísticos europeus.»
«É claro que que houve progresso económico, e preferimos uma cidade rica a uma cidade miserável, mas por outro lado a cidade foi sendo destruída e transformada num parque de diversões.»
«Tenho uma relação difícil com a cidade. Conheço-a bem, é a minha cidade, mas já não me revejo nela.»
Eduardo Mendoza sobre Barcelona, numa entrevista a A Revista do Expresso, Lisboa, 28 jan. 2017, p 67.

Espero ler em breve este livro, recentemente publicado em Portugal:
«O bar fechou e tornou a abrir convertido num franchising de tapas industriais. Onde estava a Loja de Lingerie Muñoz agora vendem camisolas do Barça, leques de plástico e telemóveis de duvidosa proveniência. [...] Barcelona mudou, como eu vaticinava, mas para se converter na capital mundial da quinquilharia e da idiotia.» (O segredo da modelo perdida)

5 comentários:

APS disse...

Se não se tomarem medidas, é o que vai acontecer com Lisboa.
Embora eu não tenha de Barcelona essa ideia (anterior), de quando a conheci em 1999 e logo no início do séc. XXI. Mas, pelo que tenho lido, agora, está quase inabitável, para quem lá mora...
Bom dia!

bea disse...

Mas tem tanta coisa bonita que é pena estragá-la. Memórias mais tristes que tenho dessa cidade tão alegre...o livro deve ser interessante.

MR disse...

Eu gosto imenso deste escritor. Tem um belo livro sobre Barcelona, escrito em parceria com a irmã.
Boa tarde para os dois.

Mª Luisa disse...

Mendoza " En estado puro"
Gostei muito, mas a minha preferida é La Ciudad de los Prodigios.

Abraço



Luisa

MR disse...

De entre os livros que li dele, também é o meu preferido.
Abraço.