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terça-feira, 24 de julho de 2018

Leituras no Metro - 986

Lisboa: Casa das Letras, 2007

O livro ficou aquém das minhas expectativas e a tradução é fraca. 
Viajar no Expresso do Oriente, um comboio luxuoso, deu a possibilidade aos ocidentais de conhecer a porta da Ásia e da sua cultura e costumes.
O Expresso do Oriente foi palco de numerosos dramas representados por grandes actores políticos ou por redes de espionagem, ao longo da história do século XX. Assim, o armistício de 11 de novembro de 1918 foi assinado em Rthondes, na carruagem n.º 2419, transformada em escritório pelo marechal Foch. Cerca de vinte anos mais tarde, Hitler assinou a capitulação da Europa nessa mesma carruagem. 
O autor conta histórias de muitos viajantes que utilizaram o mais célebre comboio do mundo, entre Paris, Veneza, Viena, Praga, Budapeste ou Istambul. 
Diaghilev, fundador dos bailados russos; os espiões Mata-Hari e Lawrence da Arábia; a atriz Marlène Dietrich; e Raoul Wallenberg, diplomata sueco colocado em Budapeste, que salvou mais de vinte mil judeus durante a guerra, ludibriando os nazis no Expresso do Oriente. 

Assinatura do Armistício. Atrás da mesa, da di. para a esq.: o general Weygand, o marechal Foch (em pé) e os almirantes britânicos Wemyss, G.Hope e J. Marriott. De pé, o ministro de Estado akemão Matthias Erzberger, o major Detlof von Winterfeldt, o conde Alfred von Oberndorff dos Negócios Estrangeiros e o capitão de fragata Ernst Vanselow da Marinha alemã.

Serge Lifar e Sergei Diaghilev, na praia do Lido (Veneza, 1927). 


Le Train Bleu é o nome de um restaurante da Gard de Lyon em Paris, que inspirou esta música para um bailado dos Bailados Russos, que estreou em 20 jun. 1924 no Théâtre des Champs Élysées.
Foi também o nome de um comboio de luxo, inaugurado em 1886 pela Compagnie des wagons-lits (CIWL), que circulava entre Calais e Vintimille via Paris, Dijon, Marseille, Toulon, Saint-Raphaël, Cannes, Juan-les-Pins, Antibes, Nice, Monaco, Monte-Carlo e Menton.

3 comentários:

Rui Luís Lima disse...

Quando vimos alguns filmes cujo desenrolar da acção se situa no Expresso do Oriente, ficamos sempre com vontade de viajar no tempo e apanharmos o famoso comboio. O cinema, tal como os livros, proporciona muitas vezes esse sonho de viajar ao encontro da aventura.
Boa tarde!

PNLima disse...

Vi o título e pensei de imediato em Agatha Christie e seu detective (tão mal amado por ela) Hercule Poirot e em como seria bom percorrer aquele caminho, mas sem incidentes.
Só depois percebi que não tinha nada a ver, a não ser pelo nome. A bela Marlene na capa promete muito, é pena que não tenha correspondido às suas expectativas.
Boa tarde

MR disse...

Infelizmente, quanto a mim, o tema não foi tratado pela melhor perspetiva.
Bom dia a ambos.