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Um fascinante romance/investigação sobre um pouco conhecido episódio da Revolução Francesa: o extraordinário roubo dos Diamantes da Coroa. No espaço de quatro noites, até à manhã do dia 17 de Setembro de 1792, foi furtado um dos mais valiosos espólios da Europa, a colecção de diamantes da Coroa francesa, com peças acumuladas durante séculos.
Michel de Grèce investigou bastante, como já sabem os seus leitores habituais ( entre os quais me conto ) , embora não fosse uma tarefa fácil: muitos documentos desapareceram misteriosamente, o que confirma aliás a cumplicidade de revolucionários bem colocados.
Esta conspiração para o roubo, certamente muito bem paga, contou seguramente com Roland, que era o ministro do Interior, Pétion, então maire de Paris, e o secretário de Danton. Também se sabe quem foram os executantes: vários bandos de ladrões profissionais, entre eles o de Paul Miette. Paul Miette, que acabou estranhamente absolvido em julgamento.
O maior mistério, até agora nunca completamente esclarecido, embora tenham existido sempre vários poderosos suspeitos ( até uma certa potência estrangeira interessada em desestabilizar a França...) , é a identidade de quem encomendou o roubo, o autor moral.
Nos anos seguintes, foram recuperadas algumas das peças históricas, impossíveis de dissimular, os valiosíssimos Regente, Sancy e Hope, embora só os dois primeiros tenham regressado a França.
Dois terços dos diamantes continuam "desaparecidos".
Le vol du Régent, Michel de Gréce, Lattés, 2008.
4 comentários:
Há sempre venalidade, até nos "revolucionários"...
CPS
São bonitos os diamantes.
Deve ser interessante. Vou acrescentando a lista vou gastar balurdios.
Gosto de romances de investigação e mistério. Adorei o "Obra prima Desaparecida".
A.R.
De Michel de Grèce, li há anos «A imperatriz dos adeuses». Li-se bem, mas nada de especial.
E também um sobre São Petersburgo, já não me lembro do título.
M.
Lia-se...
M.
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