Prosimetron

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domingo, 1 de fevereiro de 2009

Agostinho da Silva

Agostinho da Silva diz de si mesmo e das suas quadras:

Se estas quadrinhas não prestam
com certeza as compus eu
mas se boas foi poeta
além de mim que mas deu


Mais longe estás se houve início
mais perto se o tempo finda
e a rosa que em ti abriu
é em mim botão ainda.


Agostinho da Silva, Quadras Inéditas, Lisboa: Ulmeiro, 1997, p.7 e 57

George Agostinho Baptista da Silva nasceu no Porto a 13 de Fevereiro e morreu em Lisboa a 3 de Abril de 1994. Filósofo, poeta e ensaísta, Agostinho da Silva foi também um lutador da liberdade: afirmava que a liberdade era a mais importante qualidade do ser humano. Escreveu para a revista Seara Nova; criou o Núcleo Pedagógico Antero de Quental em 1939 e em 1940 publica Iniciação: cadernos de informação cultural. Foi preso pela polícia política em 1943 e abandonou o país em 1944. Regressou a Portugal em 1969 após a doença de Salazar e a sua substituição por Marcello Caetano que deu origem a alguma abertura política e cultural do regime.

4 comentários:

MR disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Quando miúda, li imensos folhetos da colecção «Iniciação», assim como umas pequenas biografias de uma outra colecção de que não recordo o nome. E gostava.
Não sou muito adepta da «filosofices» de Agostinho da Silva.
M.

ana disse...

Também não sou muito adepta mas admiro a simplicidade da sua linguagem.
Coloquei-o porque me lembrei que ele viveu no Uruguai, Argentina e no Brasil no seguimento da sua oposição ao Estado Novo, na altura conduzido por Salazar.
Em 1947 instala-se definitivamente no no Brasil, onde viveu até 1969.

ana disse...

Também não sou muito adepta mas admiro a simplicidade da sua linguagem.
Coloquei-o porque me lembrei que ele viveu no Uruguai, Argentina e no Brasil no seguimento da sua oposição ao Estado Novo, na altura conduzido por Salazar.
Em 1947 instala-se definitivamente no no Brasil, onde viveu até 1969.