Prosimetron

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domingo, 8 de novembro de 2009

8 de Novembro de 1939

Passadas algumas semanas após o início da Segunda Guerra Mundial, torna-se manifesta a superioridade da exército alemão. A população apoia cegamente Hitler e o regime nazi. Poucos são os cidadãos que se opõem à tendência generalizada. Georg Elser, carpinteiro de 36 anos, não se conforma com as ambições bélicas do regime e decide levar a cabo um atentado contra Hitler. Um explosivo, escondido na cerverjaria Bürgerbräukeller de Munique, deverá pôr fim à vida do Führer e da "elite" na noite de 8 de Novembro de 1939.
Desnecessário referir que o atentado falha. Hitler que assinalava o golpe de Estado de 1923 neste local, tinha abandonado a cervejaria poucos minutos antes, com vista a regressar a Berlim de comboio. Elser é capturado na mesma noite, próximo da fronteira com a Suíça. É deportado para o campo de concentração de Dachau. A 9 de Abril de 1945, poucos dias antes do fim da guerra, é assassinado por ordem de Himmler.
A cidade de Munique dedicou uma praça e um monumento a este herói, praticamente desconhecido fora das fronteiras alemãs.

Mais uma vez é pertinente a questão: que rumo teria tomado a História, se o atentado não tivesse fracassado? Um exercício de História Alternativa de que nos falou Luís Barata há uma semana.

Imagens: Johann Georg Elser; após o atentado

4 comentários:

ana disse...

É interessante o post.
Em relação à História Alternativa, julgo, como exercício do pensamento, que é salutar, mas ficaria mais satisfeita se não se chamasse História!
Espero que o Luís não leve a mal. Soube que essa História Virtual parte dos documentos que se conhecem.
Em História nada é absoluto, não é uma ciência exacta; parte do estudo dos documentos e conjuga-se com as variáveis do possível e do provável. Contudo, parte sempre do passado e conjuga o verbo no pretérito, aconteceu e não no condicional se acontecesse!

MR disse...

Boa evocação.

LUIS BARATA disse...

"Praticamente desconhecido fora das fronteiras alemãs" - É verdade, pelo que ainda mais se justifica lembrar Elser. Justa evocação.

Miss Tolstoi disse...

Evocação muito apropriada.