Prosimetron

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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Da saudade ou do ser português...

Do grande mar, o céu azul porque "os céus são o melhor de Portugal".
Vieira da Silva (Maria Helena), História Trágico-Marítima, 1944

Óleo sobre tela 81, 5 x 100 cm, Museu do Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa

Mar, não, terra, não; os céus são o melhor de Portugal. As nuvens viajantes, a doçura como irreal // dos cúmulos no horizonte marinho, carícias a nós postos ali. Acariciam-nos desde ali. O mar, uma certa desolação Atlântica, a desolação que é o outro lado; o vazio da alma da América sopra dali.

José Ortega Y Gasset, Saudade, notas de trabalho, Lisboa: Setecaminhos, 2005, p.24 (trad. Maria J. Tavares)

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