Prosimetron

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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

FOLHA


http://inet.sitepac.pt/FolhaOutono02.jpg

Era uma folha pousada
no cotovelo de vento:
e pairava, deslumbrada,
entre morte e movimento.

Era uma folha: lembrava,
de tão frágil,o momento
em que a vida me ficava
escrava do teu juramento.

Era uma folha: mais nada.
Antes fosse esquecimento!

David Mourão-Ferreira
In: Obra poética: 1948-1988. Lisboa: Presença, 2006, p. 109

D. M.-F. faria hoje anos.

4 comentários:

APS disse...

Falta minha. Justa evocação. Lindo poema, de que não me lembrava.

MR disse...

Por acaso até pensei que ia encontrar alguma Davífen no Arpose. Mas está sempre a tempo, se é que...

ana disse...

Muito bonito este poema, MR.
Por mo dar a ler.

MR disse...

Obrigada.