Prosimetron

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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Tulipomania

Em Amesterdão respira-se o gosto pelas flores. Nos canais, nos barcos, nos jardins, nas janelas há sempre um apontamento que nos faz repousar a vista. 
Um dos locais que visitei foi o Museu das Túlipas em Prinsengracht, nº 116. O conceito do museu é peculiar. Entra-se pela loja do museu e desce-se à cave onde tem pequenas salas que narram a história da túlipa na Holanda. As salas e corredores mostram fotografias, reproduções de pintura quer a óleo quer no azulejo, quer na estampagem em tecido, ou seja tudo onde se aplicou e aplica a dita flor. Em todas as salas há projetores que focam um ou outro pormenor interessante.

Notas com as espécies de cada flor

O expositor a duas dimensões, do qual se mostra uma pequena parte, narra a história da introdução da planta em meados do século XVI. O gosto pela túlipa surgiu durante o Império Otomano.

Charles de L'Écluse (em latim Carolus Clusius) foi o botânico que a estudou e a introduziu no Jardim Botânico da Universidade de Leiden


A tulipomania atingiu o seu auge no século XVII e é revelada por histórias de pequenos furtos da flor em jardins particulares. O gosto exagerado pela túlipa mais exótica levou algumas casas ricas a abrir falência. 
Na imagem pode avaliar-se a subida dos preços dos bolbos das plantas no século XVII

A balança indica-nos o valor de um bolbo raro, chegava a custar o preço de uma casa! Tornou-se, pois, um negócio lucrativo e preponderante na economia holandesa.

A importância que a tulipomania adquiriu na economia em setecentos, particularmente o colapso de fevereiro de 1637, é comparável ao crash da bolsa no século XX. Os  amantes acérrimos da planta perderam casas e bens. Avalie-se o que pode ter custado na história das famílias.

O negócio da túlipa foi considerado pelos pintores como o negócio dos macacos.

Brueghel, o jovem, O Negócio dos Macacos, Frans Halsmuseum, Haarlem

Na arte, a tulipa manifesta-se em diferentes suportes como se pode ver na fotografia: pintura, azulejaria, cerâmica, em particular, de Delft. Poderia colocar algumas telas que vi no Rijks Museum mas já me alonguei bastante. Neste museu têm também, uma cópia da Flora de Rembrandt ilustrativa da importância da flor.

Cópia a óleo de Winderkammer- Still life

Na secretária espera-nos um livro ilustrado com as diferentes espécies. levantando o auscultador temos uma breve explicação.  
A túlipa nos países que a cultivam e a industrializam e a explicação através do filme.

Utensílios e explicação dos processos de plantação atuais

Túlipas para os prosimetronistas e para todos os visitantes

BOM DIA ! :)

6 comentários:

Cláudia Ribeiro disse...

Ana,que maravilha!!

Deve ser um museu fabuloso e belíssimo!!
Gostei imenso desta exposição que fez.
Desconhecia grande parte...

Muito obrigada!

Um beijinho.:))

João Menéres disse...

Um beijo grato por essa tua muito simpática oferta.

LUIS BARATA disse...

Uma das minhas flores preferidas! Obrigado!

ana disse...

Cláudia,
O museu foi para mim uma surpresa e também não tinha ideia desta euforia pela planta no século XVII.
Beijinho. :))

João,
De nada é um prazer.
Beijinho. :))

Luís,
São lindas estas flores mas também vi muitos girassóis.
Beijinho. :))

Ana Venâncio disse...

É sempre agradável receber flores. :))
Obrigada.
Boas férias.

ana disse...

Ana,
Obrigada!:))
Boas férias também.