Prosimetron

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terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Citações


(...) Durante mais de quatro penosos anos, o Estado sugou a economia - não para pagar os custos da sua inadiável reforma, mas para poder continuar igual a sempre . Quando a crise rebentou, o Estado gastava 50 % de toda a riqueza produzida no país , hoje gasta 52 % . Como sempre aconteceu desde o século XVI, o Estado foi mais forte do que a nação . E eu, pessoalmente, não vejo nada de novo no horizonte, no ano e nos anos que aí vêm. Oxalá o petróleo continue ao preço impensável de menos de 40 euros, oxalá as taxas de juro para nos continuarmos a endividar permaneçam próximas do zero, oxalá o BCE continue a despejar dinheiro a rodos na economia . Assim, iremos sobreviver mais uns tempos . Mas, numa conjuntura económica externa tão favorável como nunca visto, não iremos, seguramente, aproveitar para arrumar a casa e começar a matar de vez os demónios de Alcácer-Quibir .

- Miguel Sousa Tavares, no Expresso da semana passada .

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