Prosimetron

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quarta-feira, 15 de abril de 2020

APITO - Arrumando e desarrumando livros e estantes

Uma das tarefas da quarentena - que vai durar (a tarefa), mais do que a quarentena - é mudar toda a biblioteca, fazendo um catálogo, em Short Title. Demoro bastante porque vou recordando cada um dos livros - alguns já esquecidos nas teias da memória.... a minha memória está ainda mais em farrapos por isso começo a precisar de um catálogo localizador por estantes.

No Roteiro do Viajante no Continente e nos Caminhos de Ferro de Portugal em 1865, por João António Peres Abreu (Coimbra, Universidade, 1865), encontrei bastantes curiosidades que já tinha esquecido.

APITO - O viajante que, chegando a Lisboa, comprar um apito e o trouxer sempre consigo, pode-se reputar em completa segurança.
A Razão é simples.
Se por acaso é agredido e toca o seu apito, ouve logo tocar outros em diversas direções. A polícia corre no ponto onde tocaram, para cumprir com o seu dever, e o povo corre também para o mesmo sitio, a fim de saber o que foi.
Como são muitos os que correm, convergindo a um centro, forma-se uma rede, de que o agressor dificultosamente escapa.
Prevenimos, por isso, algum travesso, que se lembre de tocar por brincadeira, para não cair em tal, porque tem toda a probabilidade de ir dormir ao quartel da municipal.
(Capitulo Lisboa, p. 75)

3 comentários:

bea disse...

era um apito de afugentar ladrões.

LUIS BARATA disse...

Por isso é que comprei um em Bruxelas ! :)
Vou ver o que é isso do Short Title, também me decidi finalmente a catalogar, são uns milhares e estou farto de demorar horas a procurar um que sei que tenho, ou descobrir por acaso que já tinha um que acabei de comprar .

MR disse...

:-)
Sou fã de roteiros do viajante e de guias. Têm sempre conselhos giros, como este.
Ainda me lembro dos guarda-noturnos terem um apito.
Bom dia!