Prosimetron

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quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Leituras no Metro - 2977

Paris: la fabrique éditions, 2003.

Um livro de 2003 do israelita Michel Warschawski, no qual ele retrata mais uma vez como os israelitas têm um posicionamento colonialista face aos palestinianos. 
Fui a Israel em 1999 e gostei imenso do ambiente, mas, como ele relata, amigos que vão habitualmente a Israel, acham que existe uma tensão no ar, uma sociedade altamente radicalizada, «doente». Foram estas conversas e situações a que assistiu que o levaram a escrever este livro em 2002. Já lá vão 23 anos e não parece que tenha melhorado.

4 comentários:

Fernando FIRMINO disse...

Partilho as naturais perplexidades e, sobretudo, as justas indignações de MR e Michel WARSCHAWSKI ["À Tombeau Ouvert: La Crise de la Société Israélienne" (ed. La Fabrique, 2003)], um Autor cuja Obra lamento (ainda) não conhecer! Palavras, compreensíveis e certeiras, de inquietação de alguém que, ao contrário deste modestíssimo viajante, já teve ocasião de visitar Israel, um País "moderno" e "civilizado", onde, no entanto, "existe uma tensão no ar", cada vez mais pesado...

(Neste contexto, não posso, de modo algum, deixar de exprimir a revolta que senti ao observar, esta noite, num noticiário "de referência" do canal ARTE, as chocantes imagens de um dos últimos massacres sionistas!!!...)

Quem ler com atenção "Le Livre Noir de Gaza", coordenado por Agnès LEVALLOIS, um "dossier" colectivo (ed. Seuil, 2024) que desmistifica a decadente "democracia" Israelita, não ficará com grandes ilusões sobre a natureza dos crimes de guerra dos malfeitores à solta na "Terra Santa".

Lembrei-me, a propósito, do Colóquio Internacional que, ontem e hoje, em Paris, na Fondation Maison des Sciences de l'Homme, de merecida Homenagem ao ilustríssimo historiador Fernand BRAUDEL, quarenta anos depois da morte (27.11.1985) de uma figura de renome universal, que dedicou a sua Vida e Obra ao estudo e à divulgação de temas fundamentais, como as Civilizações Mediterrânicas (cf., por exemplo, as recentes edições digitais das revistas "Sciences Humaines" e "L'Histoire").

Lembrei-me, também, da trágica repressão, territorialmente mais longínqua, do regime repressivo da Indonésia, com o apoio norte-americano, sobre o resistente Povo de Timor-Leste, com o "argumento" de eliminar os comunistas da FRETILIN, no dia em que a nova "República Democrática" assinalou as cinco décadas da sua Independência, proclamada em 28.11.1975 e restaurada em 20.5.2002. São, de facto, datas dignas de especial registo! Sem, todavia, esquecer as atrocidades que, agora, persistem contra a heróica população da Palestina...

Ainda no domínio do "universo" das relações de (maior ou menor) cooperação e solidariedade entre os Povos de Portugal e de Timor Oriental, foi bom ouvir, esta tarde, o belíssimo HINO Nacional do novo "País Irmão", após a (sempre) emocionante audição do duplo CD "TIMOR: Cantos e Prantos", gravado "ao vivo" na década de noventa, na singular "Biblioteca Por Timor", em Lisboa (Rua de S. Bento), uma "produção" - do Dep. da Cultura, da CML - cuja qualidade não podemos dissociar da "pesquisa" e dos "textos de apoio" da dinâmica e inesquecível bibliotecária / arquivista, Dra. Graça Afonso.

Votos de um bom fim-de-semana!

Fernando FIRMINO disse...

Parece "fatal": mais um lamentável lapso! Onde se lê "(...) trágica repressão (...)" deve ler-se, obviamente, "(...) trágica invasão (...)". As minhas desculpas.

MR disse...

Tenho uma amiga que já gosta muito dos livros de Warschawski. Como ela queria ler este, encomendei-lho. Como veio em 2.ª mão aproveitei para o ler antes de lho dar.
Lembro-me bem da Graça Afonso que fez um ótimo trabalho na Bibl. Por Timor.
Bom fim de semana!

MR disse...

Tenho uma amiga que já gosta muito dos livros de Warschawski. Como ela queria ler este, encomendei-lho. Como veio em 2.ª mão aproveitei para o ler antes de lho dar.
Lembro-me bem da Graça Afonso que fez um ótimo trabalho na Bibl. Por Timor.
Bom fim de semana!