Prosimetron

Prosimetron

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Bibliofilia patológica

" Quem o visse, jamais o incluiria numa lista dos suspeitos do costume. Presidente da Iran Heritage Foundation, milionário, autor, erudito, cabelos grisalhos, 60 anos, tinha todo o ar de ser um senhor respeitável. Mas Farhad Hakimzadeh «assassinou» cerca de 150 livros raros da British Library e da Bodleian Library da Universidade de Oxford, arrancando as páginas ou os mapas que o atraíam.
Hakimzadeh só foi apanhado porque um outro utilizador da British Library descobriu que estava a faltar uma página num livro do século XVII e deu o alerta. Os funcionários da biblioteca descobriram que o iraniano exilado no país desde a queda do Xá tinha sido a última pessoa a manuseá-lo. Foram então aos registos ver que outras obras tinha consultado nos oito anos em que a frequentava e constaram que faltavam centenas de páginas. Hakimzadeh, que também é um coleccionador, a princípio negou o crime, mas uma busca feita pela Polícia na sua casa, num luxuoso bairro de Londres, descobriu as folhas inseridas dentro de cópias dos livros que tinha mutilado. "

- in EXPRESSO, 29 de Novembro de 2008.

Lembro-me de pelo menos um caso semelhante ocorrido entre nós há alguns anos, mas de certeza que existem histórias semelhantes em todas as grandes bibliotecas...

3 comentários:

Anónimo disse...

Li esse artigo e fiquei chocadissima!
A.R.

Filipe Vieira Nicolau disse...

Num bairro luxuoso de Londres... Meu Deus!

João Soares disse...

Que horror.