Prosimetron

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sábado, 13 de dezembro de 2008

Os meus poemas -15

SONETILHO DO SONO

É o sono que dorme
como dormem as pedras
não os olhos que morrem
quando as pálpebras descem

Na balança da noite
há um prato que pesa
quando sobre ele pousa
o sono que adormece

Não somos nós quem dorme
não somos nós quem morre
quando as pálpebras pesam

é o sono que morre
é a morte que dorme
quando dormimos nela

Gastão Cruz
(1941 - )

4 comentários:

Anónimo disse...

Não conhecia é bonito!
A.R.

Anónimo disse...

Gosto da poesia do Gastão Cruz. Da geração dele é talvez o que prefiro.
M.

Anónimo disse...

Mais uma grande escolha.
CPS

Jad disse...

Também gosto da Poesia do Gastão Cruz e do ser humano chamado Gastão Cruz.