Prosimetron

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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Pintar a solidão - 13

Carel Willink, - Symeon. Óleo sobre tela, 1939, Haags Gemeentemuseum, Haia.

Depois de nesta série já ter figurado São Jerónimo, volta-se a uma das grande solidões dos primórdios do Cristianismo: a solidão dos eremitas. Agora, com o mais famoso e o mais radical de todos, S.Simeão Estilita, que passou os últimos trinta anos da sua vida a viver em cima de uma coluna em Telanissos, na Síria do Norte, aqui retratado por Carel Willink ( 1900-1983 ), um dos expoentes do realismo mágico holandês.
Está bem documentada a permanência de Simeão em cima da coluna entre 417 e a sua morte em 459. Era alimentado por um sistema de roldanas e visitado por crentes de toda a Síria e países vizinhos. O seu exemplo fundou a corrente do eremitismo estilita que perdurou durante séculos com centenas de imitadores: o último a constar dos anais é um Lázaro a viver em cima de uma coluna nos arredores de Éfeso em 1013...

3 comentários:

APS disse...

A pintura,em si, fez-me lembrar G. de Chirico.Não conhecia este pintor.

LUIS BARATA disse...

E faz lembrar muito bem, já que foi uma influência assumida pelo holandês.
Parece-me muito bem conseguida nesta tela a ilusão da profundidade.

ana disse...

Não conhecia!