Prosimetron

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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A arte do retrato - 11

Alan Stanley Tretick, Under the desk, Outubro de 1963. ( Aproveitando a ausência de Jackie, que não queria os filhos fotografados, o presidente Kennedy autoriza Alan Tretick, fotógrafo da revista Look, a fotografá-lo no Gabinete Oval da Casa Branca enquanto despacha na famosa secretária Resolute, oferecida pela Rainha Vitória ao presidente Hayes. O filho mais novo, JFK Jr (1960-1999), brinca com aquilo a que chama a "porta secreta" da secretária do pai. E esta famosa fotografia só chegou às bancas já depois do assassinato de JFK a 22 de Novembro de 1963, na Dealey Plaza de Dallas. )

A propósito de mais um aniversário da morte de John F.Kennedy (1917-1963), o canal História está a passar um documentário, que vi esta madrugada, sobre aquele que foi o mais controverso homicídio do séc.XX.
São mostradas imagens pouco conhecidas do passado de Lee Harvey Oswald, o alegado "assassino solitário", passado estranho e contraditório em muita coisa como se sabe- do tempo passado na Rússia onde casou com Marina Oswald, até à sua actividade pró-Cuba castrista- que levou muita boa gente a achar que ele foi um agente duplo que se fazia passar por simpatizante comunista.
Também é mostrado um excerto de um notável documentário da BBC, feito poucos anos depois do crime, que salienta as muitas dúvidas causadas pela versão oficial dos factos. Vi também imagens que raramente são vistas do julgamento de Jack Ruby, o homem que matou Oswald quando este já estava detido pela Polícia de Dallas, e ainda excertos de um outro documentário baseado no livro de Mark Lane, Rush To Judgment, o primeiro livro que logo em 1967 refuta muitas das conclusões da Comissão Warren, o comité oficial nomeado por Johnson que investigou a morte de Kennedy durante 9 meses e produziu o Relatório Warren- a versão oficial dos acontecimentos- documento que tem sido posto em causa quase desde a sua publicação pelas múltiplas contradições, falhas e omissões.
E, obviamente, aparece também Jim Garrison, o corajoso procurador que enfrentou também a versão oficial ( assassino solitário, sem apoios de ninguém ) e que veriamos anos depois representado no cinema por Kevin Costner no filme JFK de Oliver Stone.

2 comentários:

MR disse...

Esta foto é giríssima.
Era uma miúda, mas lembro-me perfeitamente o que estava a fazer, quando me disseram que Kennedy tinha morrido.

MR disse...

Já não fui a tempo.