Prosimetron

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domingo, 18 de maio de 2014

18 de Maio: Dia Internacional dos Museus

Desafio para o dia de hoje: Vamos inventar uma legenda?



Pontifical de Gillaume Durand, Avignon, a. 1390
Paris, Bibliothèque Sainte-Geneviève, ms. 143, fol. 77v

Esta imagem pode servir de mote a um conto para crianças. Mas é do século XIV.
 
 
Dia em que se deve re-olhar o património e imaginar novos rumos.

9 comentários:

MR disse...

Bem, eu embarco numa viagem imaginária (viagens em mar alto não é comigo) até Nápoles para ver a cidade, os seus belos museus e arredores.
Tb podia embarcar para fazer uma que ainda espero fazer: de Bergen até ao norte da Noruega, pelos fiordes. E revia Bergen que é uma linda cidade.

MR disse...

A Nápoles hei-de ir, mas por ar e terra. :-)

MR disse...

Linda iluminura.

Isabel disse...

"Nas ondas da imaginação..."

É muito bonita a imagem e podia mesmo servir para imaginar uma história.

Boa noite!

ana disse...

A iluminura é bonita, embora não goste de ratos.

Boa noite!

ana disse...

Não embarques no que te dizem mas naquilo que comprovaste.

Desculpe mas a iluminura lembrou-me Passos Coelho e os seus roedores.


ana disse...

Se pudesse partia já, sem imaginar.
A barca nem sempre é nossa.

Miss Tolstoi disse...

Não gosto de ratos (de todas as espécies, incluindo os humanos), mas estes barqueiros são queridos.

Vamos a Ítaca com Kavafis, numa tradução de Haroldo de Campos:

Quando, de volta, viajares para Ítaca
roga que tua rota seja longa,
repleta de peripécias, repleta de conhecimentos.
Aos Lestrigões, aos Cíclopes,
ao colério Posêidon, não temas:
tais prodígios jamais encontrará em teu roteiro,
se mantiveres altivo o pensamento e seleta
a emoção que tocar teu alento e teu corpo.
Nem Lestrigões nem Cíclopes,
nem o áspero Posêidon encontrarás,
se não os tiveres imbuído em teu espírito,
se teu espírito não os sucitar diante de si.

Roga que sua rota seja longa,
que, múltiplas se sucedam as manhãs de verão.
Com que euforia, com que júbilo extremo
entrarás, pela primeira vez num porto ignoto!
Faze escala nos empórios fenícios
para arrematar mercadorias belas;
madrepérolas e corais, âmbares e ébanos
e voluptosas essências aromáticas, várias,
tantas essências, tantos arômatas, quantos puderes achar.

Detém-te nas cidades do Egito -nas muitas cidades-
para aprenderes coisas e mais coisas com os sapientes zelosos.
Todo tempo em teu íntimo Ítaca estará presente.
Tua sina te assina esse destino,
mas não busques apressar sua viagem.
É bom que ela tenha uma crônica longa duradoura,
que aportes velho, finalmente à ilha,
rico do muito que ganhares no decurso do caminho,
sem esperares de Ítaca riquezas.
Ítaca te deu essa beleza de viagem.
Sem ela não a terias empreendido.
Nada mais precisa dar-te.
Se te parece pobre, Ítaca não te iludiu.
Agora tão sábio, tão plenamente vivido,
bem compreenderás o sentido das Ítacas.

Jad disse...

Obrigado, Miss Tolstoi.
Ganhou o prémio!
Vou deixar no sitio do costume. Despois aviso, por e-mail.