Prosimetron

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domingo, 18 de maio de 2008

RILKE SOBRE OS BUDDENBROOK DE THOMAS MANN


A 16 de Abril de 1902, o jornal Bremer Tagblatt publicava uma crítica sobre os Buddenbrook da autoria de Rainer Maria Rilke:

“Esta história dos Buddenbrook, família de linhagem antiga patrícia de Lübeck com a firma Johann Buddenbrook, que se inicia com o velho Johann Buddenbrook por volta de 1830, termina nos nossos dias com o pequeno Hanno, seu bisneto.
Compreende festas e reuniões de família, baptizados e falecimentos (momentos de falecimento particularmente difíceis e terríveis), casamentos e divórcios, negócios comerciais muito bem sucedidos e retrocessos de declínio impiedosos e intermináveis, próprios da vida de um comerciante ...
Também o último representante, o pequeno Hanno, deambula com um olhar dirigido apenas para o seu íntimo, escutando atentamente o mundo e a alma interiores, de onde provém a sua música. Nele (Hanno), encontra-se pela última vez a possibilidade para uma retoma (evidentemente de uma forma não esperada nem desejada pelos Buddenbrook): A possibilidade, sempre em estado interminável de perigo, de atingir um grande estar artístico, que não se realiza...
Trata-se de um livro sem qualquer altivez do autor... Um acto de respeito pela vida que, pelo simples facto de existir e acontecer, é boa e justa ....”

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